Advogado Rafael Marconato, condenado a pagar R$ 30.000 em indenização, danos morais e recurso, pelo juiz Renê José, por injúria racial em Ribeirão Preto. Ofensas raciais registradas em câmeras de segurança. Estabelecimento: Abrahão Strang.
Via @portalg1 | Uma decisão judicial determinou que o advogado Rafael Beutler Marconato pague uma indenização de R$ 30 mil à gerente Alessandra Silva Bissera. De acordo com o veredicto, Marconato proferiu comentários racistas contra Alessandra em uma padaria em Ribeirão Preto (SP). Há possibilidade de recurso. Assista ao vídeo no desfecho da reportagem. O incidente ocorreu em fevereiro de 2023.
O repúdio ao racismo e a luta contra o preconceito e a discriminação racial são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É inaceitável que situações como essa persistam, e é importante que haja punições exemplares para coibir atitudes racistas. A condenação do advogado Rafael Beutler Marconato é um passo importante no combate ao racismo e na garantia do respeito à diversidade. Não podemos tolerar nenhum tipo de racismo em nossa sociedade.
Racismo e suas consequências na esfera civil
A gerente de padaria relatou ter sido alvo de racismo por parte do advogado. Segundo seu relato à Polícia Civil, Marconato teria afirmado que ela não possuía o perfil adequado para ocupar o cargo de gerente devido à sua cor de pele. Essas atitudes discriminatórias resultaram em danos morais, conforme decisão do juiz Renê José Abrahão Strang, que determinou uma indenização de R$ 30.000 como forma de reparação pela dor causada e como medida preventiva contra futuros episódios semelhantes.
O advogado ainda enfrentará um julgamento na esfera criminal, enquanto o g1 busca contato com ele para obter mais informações sobre o caso. A denúncia inclui a acusação de injúria racial, originada após a funcionária se recusar a trocar uma embalagem de feijão que havia vazado no veículo do advogado. Além disso, a gerente alega que Marconato chegou a arremessar uma marmita em sua direção, como registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento em Ribeirão Preto.
Alessandra, a gerente, descreveu o momento em que o advogado questionou sua capacidade de gerenciar o estabelecimento com base em sua raça, o que a levou a pedir auxílio aos funcionários para expulsá-lo. O advogado, por sua vez, admitiu ter jogado a embalagem com comida, mas negou ter proferido qualquer comentário racista. Ele alega ter solicitado falar com um superior hierárquico e ter sido alvo de ofensas homofóbicas por parte da gerente.
Durante o depoimento da gerente, ela refutou as acusações de homofobia e afirmou não ter utilizado termos discriminatórios contra o advogado. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o feijão é arremessado na direção da funcionária, evidenciando a gravidade das ofensas raciais alegadas. O desdobramento desse caso, com a análise das provas e testemunhos, será fundamental para a resolução desse conflito envolvendo injúria racial e discriminação racial.
Fonte: © Direto News
Comentários sobre este artigo