Consumo de fumo eletrônico subiu 600% em 6 anos, impactando 70% da população. Dia Nacional de Combate ao Fumo. Parceria entre VapeOFF, Universitário e BIRD. Proibida comercialização de vape em salas de aula. Anvisa estudou perigos do produto. Campanha de informação sobre materiais e saúde. Oposição de Movimento Anti-Fumo. Dia do Desafio: Combate aos cigarros convencionais e e-cigarros.
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira (29), a Fundação do Câncer destaca a importância de conscientizar a população sobre os malefícios dos cigarros eletrônicos. O Movimento VapeOFF reforça a campanha, incentivando os jovens a se afastarem dos cigarros eletrônicos e a adotarem um estilo de vida saudável.
A mensagem é clara: é fundamental evitar o uso de cigarro eletrônico para preservar a saúde e o bem-estar. O vape, pod e outros dispositivos similares podem trazer sérios danos à saúde, por isso é essencial se informar e tomar decisões conscientes. Seja um vapeOFF e proteja sua saúde!
Dia Nacional de Combate ao Fumo: Movimento VapeOFF
Em parceria com a Anup Social, que integra a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), a entidade espera mobilizar jovens e adultos a aderirem à campanha de combate ao uso crescente do produto, também conhecido como vape ou pod. O objetivo é conscientizar a população sobre os perigos dos cigarros eletrônicos.
A campanha inclui uma série de materiais com videoaula, que está sendo encaminhada a professores dos ensinos médio e universitário, além de depoimentos de personalidades sobre a questão do cigarro eletrônico, entre elas artistas, autoridades de saúde e influenciadores. A fundação conta com a parceria também de empresas, como a Ecoponte e a Onbus, que vão veicular gratuitamente as mensagens da Fundação do Câncer em suas áreas de atuação.
O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, disse à Agência Brasil que a meta é trabalhar muito pesadamente para mostrar à população, aos professores, pais e responsáveis, e sobretudo aos próprios jovens, dentro das universidades e escolas, os malefícios do consumo de cigarros eletrônicos. A disseminação de informações sobre os perigos do produto é essencial para combater seu uso.
Serão disponibilizados para as escolas e universidades materiais de informação sobre os perigos do produto. Um milhão de pessoas O epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, destacou que, de acordo com estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o consumo do cigarro eletrônico aumentou 600% nos últimos seis anos, em todo o mundo. E no Brasil não é diferente, afirmou. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 1 milhão de pessoas já experimentaram esses dispositivos eletrônicos, apesar de sua comercialização ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. O mais grave é que 70% dessa população é formada por adolescentes e adultos jovens de 15 a 24 anos, complementou Scaff. A necessidade de conscientização sobre os riscos do cigarro eletrônico é urgente.
O foco é trabalhar a população de maneira geral mas, sobretudo, a população jovem, que fica vulnerável às ameaças da falsa ideia de que o cigarro eletrônico não faz mal, travestido de sabores e aromas, disse Luiz Augusto Maltoni. A ideia é trabalhar o tema em salas de aula, acompanhado de filmes, para ajudar os professores a terem conteúdo qualificado para fazer com que esses jovens se sensibilizem. A educação sobre os perigos dos cigarros eletrônicos é essencial para prevenir seu uso entre os jovens.
Em 2025, a Fundação do Câncer pretende lançar o Desafio Universitário, em parceria com a Anup Social, para levar o ambiente universitário a pensar a questão do cigarro eletrônico e buscar soluções, a partir de projetos que possam chegar a alunos do ensino médio e das universidades de modo a evitar que esses adolescentes iniciem o hábito do cigarro, seja eletrônico ou não. Maltoni informou que o tabagismo é considerado doença pediátrica. Uma publicação do Banco Mundial (BIRD) de 1999 mostrou que 90% dos tabagistas começam a fumar antes dos 19 anos, com idade média de iniciação aos 15. Por isso, nosso movimento também visa levar essa questão para as escolas. Queremos incentivar professores a conversar com seus alunos sobre os malefícios do vape. A conscientização sobre os perigos do cigarro eletrônico desde cedo é fundamental para prevenir o tabagismo.
Cigarro eletrônico, vape – Foto haiberliu/Pixabay
Fonte: @ Agencia Brasil
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