Ministro Alexandre Silveira discute venda de dívidos térmicas da Eletrobras a Amazonas Energia, publicação de MP para salvaguardar empresa de energia amazônica. Crisis, Amazonas Energia, MP, 1.232, Conta de Consumo, Conta de Combustíveis, CCC, termo de compromisso, concessão de distribuição, transferência de controle, societário, indenização, termelétricas, Eletrobras, Eletronorte, holding. Crise, dívida, contratos, Eletrobras, termelétricas, Amazonas Energia, MP, salvaguardar, indenização.
A situação delicada da Amazonas Energia, empresa que tem a missão de fornecer energia elétrica para os 62 municípios do Estado, teve um desdobramento importante na sexta-feira, 12 de julho.
O desafio enfrentado pela distribuidora de energia Amazonas Energy reflete a complexidade do setor elétrico no Brasil, exigindo soluções inovadoras e eficazes para garantir o fornecimento de eletricidade de forma contínua e segura.
Crise na Amazonas Energia e a Medida Provisória 1.232
O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, esclareceu que a medida provisória (MP) 1.232 de 2024, divulgada em 13 de junho para lidar com a crise da Amazonas Energia, não tinha como intuito favorecer a Âmbar Energia, pertencente ao grupo J&F – que recentemente adquiriu termelétricas da Eletrobras.
Segundo Silveira, a essência da MP já estava disponível no site do MME desde fevereiro. Elementos como o reembolso da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), a definição de parâmetros regulatórios para perdas não técnicas, custos operacionais e receitas irrecuperáveis estavam detalhados. Ou seja, a MP foi divulgada cinco meses antes do desfecho da transação empresarial.
A situação crítica da Amazonas Energia não é recente. Em 22 de fevereiro, o MME publicou um extenso relatório sobre a viabilidade da concessão de distribuição de energia elétrica no Amazonas. O documento contextualizava a concessão de 2001, que foi assumida em 2019 pelo grupo local Oliveira Energia. Para a relicitação, foi necessário um reequilíbrio financeiro da Amazonas Energia, incluindo um reembolso de R$ 3 bilhões em CCC e a assinatura de um termo de compromisso com carência de cinco anos para o novo contrato de concessão, com prazo até abril deste ano.
No entanto, a Oliveira Energia não conseguiu viabilizar a concessão devido à falta de recursos para investimentos e pagamento da dívida. Em 20 de julho de 2023, um grupo de trabalho foi estabelecido para avaliar propostas visando a sustentabilidade da Amazonas Energia, considerando a caducidade da concessão com indenização dos ativos ou a transferência de controle societário da distribuidora.
De acordo com o NeoFeed, a Amazonas Energia acumula uma dívida de R$ 3,6 bilhões com a Eletronorte, pertencente à holding Eletrobras, além de outros R$ 5,6 bilhões em aberto. Esses valores constam como provisões no balanço financeiro da empresa, totalizando cerca de R$ 10 bilhões em dívidas relacionadas à compra de energia das termelétricas.
A Amazonas Energia era um ativo disputado no mercado de energia, com a Âmbar Energia entrando na negociação posteriormente. A Eletrobras informou aos concorrentes que o risco de inadimplência dos contratos das termelétricas seria responsabilidade do vencedor. Apesar do passivo bilionário, a Âmbar aceitou assumir o risco, considerando o contexto mais amplo da negociação.
Fonte: @ NEO FEED
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