Com a descentralização, o programa registrou aumento no número de mulheres atendidas e redução nas ocorrências de violência doméstica, implementando atendimento humanizado com medidas protetivas, acompanhamento e apoio psicológico.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. A Patrulha Maria da Penha celebra, neste mês de dezembro, um ano de expansão, em território piauiense, marcando presença em todas as regiões do estado atendidas pela Polícia Militar. Esta ação tem como principal objetivo, combater o feminicídio e fortalecer a atuação da Patrulha Maria da Penha, nas áreas de violência doméstica e violência doméstica familiar.
Em seu primeiro ano de expansão, a Patrulha Maria da Penha se abriu mais para a sociedade, intensificando a atuação como uma referência na sociedade, tendo em vista que a luta contra o feminicídio não fecha portas. Suas ações na sociedade continuarão guiadas pela lei Maria da Penha, uma lei que traz esperança, mas que é necessária para a sociedade, como um avanço significativo na luta contra a violência doméstica e violência doméstica familiar.
Aumento de Atendimentos e Redução de Ocorrências de Violência Doméstica
A descentralização do programa Patrulha Maria da Penha registrara um aumento significativo no número de mulheres atendidas, enquanto as ocorrências de violência doméstica apresentam uma redução marcante. Os dados estatísticos dos municípios do interior revelam que, entre junho e outubro, quase 1.700 mulheres foram visitadas e cerca de 600 medidas protetivas foram atendidas. Além disso, 252 vítimas foram resgatadas e encaminhadas à rede de proteção, e 226 pessoas foram presas em 886 diligências policiais. A comandante da Patrulha Maria da Penha, major Leoneide Rocha, destaca que o programa tem se mostrado eficaz no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher.
A evolução dos dados estatísticos sobre o impacto das Patrulhas Maria da Penha no estado pode variar conforme a localidade. Porém, pontos gerais incluem o aumento no número de vítimas atendidas e uma significativa redução nas ocorrências de violência doméstica em algumas cidades. O programa tem demonstrado sua eficácia, já que, desde sua implantação, nenhuma mulher assistida foi vítima de feminicídio, segundo a major. Com atendimento humanizado e policiais qualificados, a Patrulha Maria da Penha atua no cumprimento da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que visa combater a violência doméstica e familiar contra as mulheres.
Criada para apoiar a implementação da legislação, a Patrulha monitora, protege e acompanha mulheres em situação de violência, buscando levar segurança e reduzir a reincidência de agressões. Um exemplo do impacto do programa é Maria de Sousa, 45 anos, babá e moradora da zona Norte de Teresina. Ela está entre as mais de 3.500 mulheres atendidas pelo serviço em 2024 apenas na capital. Vítima de violência psicológica e patrimonial em um relacionamento de três anos, Maria acionou o 190 em uma situação crítica, registrou boletim de ocorrência e obteve uma medida protetiva. Desde então, passou a ser acompanhada pela Patrulha Maria da Penha.
Eu me senti mais segura, porque, quando você não tem apoio, é diferente. Saber que você tem para onde ligar e que a equipe está pronta para lhe apoiar me deixou mais tranquila. Também me serviu para encorajar outras mulheres que estão precisando, relatou Maria. Além dela, o programa acompanhou 1.305 medidas protetivas de urgência em 2024, um aumento de 376% em relação ao ano anterior na capital, quando foram registradas 274 medidas. O objetivo principal é proteger mulheres vítimas de violência doméstica, evitando novos ataques ou represálias por parte dos agressores.
Isso inclui monitorar o cumprimento das medidas protetivas por meio de visitas periódicas às vítimas, orientá-las sobre seus direitos e os serviços disponíveis, como acolhimento e apoio psicológico, além de reforçar a presença policial em áreas de risco com patrulhamento preventivo, explica a major Leoneide. Capacitação da tropa para atendimento diferenciado Em Brejo do Piauí, município a 426 km de Teresina, a violência doméstica apresentava índices alarmantes em 2022, com uma taxa de 12,3 ocorrências por 100 mil habitantes.
Fonte: © A10 Mais
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