“Ansiedade crônica duas vezes aumenta risco de declínio cognitivo (pesquisa). Diagnóstico: duração ansiedade média três vezes importante. Início repetido ondas ansiedade maior tempo.”
Mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de ansiedade, um número que tende a crescer para 139 milhões até 2050. A ansiedade é um problema de saúde mental que afeta indivíduos de todas as idades e origens, requerendo atenção e cuidados adequados.
Além disso, a ansiedade pode desencadear nervosismo e estresse em situações do dia a dia, impactando significativamente a qualidade de vida das pessoas. É fundamental buscar ajuda profissional e adotar estratégias de enfrentamento para lidar com esses desafios de saúde mental.
Estudo revela relação entre ansiedade crônica e demência
Com a ansiedade sendo um fator de risco significativo para diversas condições de saúde, pesquisadores e profissionais da área têm direcionado seus esforços para a prevenção, especialmente ao abordar fatores como estresse e nervosismo. Estudos prévios que exploraram a ligação entre ansiedade e demência focaram principalmente na ansiedade dos participantes em momentos específicos, resultando em conclusões diversas. No entanto, os autores destacam a importância de considerar a duração da ansiedade de uma pessoa.
Um estudo recente envolvendo 2.132 participantes do Hunter Community Study, sediado em Newcastle, entre os anos de 2004 e 2007, revelou dados interessantes. Os participantes, com idades entre 60 e 81 anos ou mais, forneceram informações sobre sua saúde no início do estudo, incluindo hábitos como tabagismo, consumo de álcool e condições médicas como hipertensão e diabetes.
O estudo consistiu em três avaliações, também conhecidas como ondas, com um intervalo de cinco anos entre cada uma. Os pesquisadores mediram os níveis de ansiedade dos participantes na primeira e segunda avaliação. Ansiedade crônica foi definida como a presença de ansiedade em ambas as ondas, enquanto ansiedade resolvida referia-se à presença de ansiedade apenas na primeira onda. Já a ansiedade de novo início foi identificada apenas na segunda onda.
Os resultados revelaram que a ansiedade crônica e a nova ansiedade estavam associadas a um risco quase três vezes maior de demência de qualquer causa, com um tempo médio para o diagnóstico de 10 anos. Surpreendentemente, a ansiedade resolvida nos primeiros cinco anos não aumentou o risco de demência, com chances semelhantes às daqueles sem histórico de ansiedade.
O estudo também destacou que participantes com menos de 70 anos foram os mais impactados pelos resultados. Especialistas, como Rudolph Tanzi, diretor do McCance Center for Brain Health no Massachusetts General Hospital, ressaltam a importância dessas descobertas. Tanzi afirma que terapias destinadas a reduzir a ansiedade podem ajudar a diminuir o risco de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
Essa pesquisa reforça a ideia de que a ansiedade crônica pode ter um papel significativo no desenvolvimento de demência e destaca a importância de abordar questões de saúde mental para prevenir condições futuras.
Fonte: © CNN Brasil
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