Nova política industrial deve priorizar melhoria da infraestrutura e educação, sem interferir na competição.
Segundo as últimas atualizações econômicas, o Banco Mundial aumentou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024, elevando a taxa de 1,3% para 1,7%. Essa revisão positiva traz perspectivas mais otimistas para a economia brasileira nos próximos anos. A nova projeção foi anunciada recentemente pela instituição multilateral, reforçando a importância de acompanhar de perto as tendências econômicas globais.
A revisão das projeções do Banco Mundial reflete sua análise contínua sobre o cenário econômico internacional. Essa instituição multilateral é reconhecida por seu papel fundamental na promoção de desenvolvimento sustentável e redução da pobreza em diversas regiões do mundo. A atuação do Banco Mundial é crucial para a implementação de políticas econômicas eficazes e para a superação de desafios socioeconômicos em escala global.
O Banco Mundial e a Nova Política Industrial Brasileira
Para o Banco Mundial, é crucial que a nova política industrial brasileira seja implementada sem prejudicar a competição no mercado, focando, sim, em questões fundamentais como a melhoria de infraestrutura e do sistema educacional. A instituição multilateral ressaltou que a economia brasileira apresenta números diferentes de diversas projeções, com a sua estimativa de crescimento para o país em 2025 mantida em 2,2%, e a projeção para 2026, pela primeira vez revelada, em 2%.
Em uma entrevista coletiva virtual para explanar o relatório, o economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, William Maloney, destacou que o Brasil vem demonstrando um desempenho sólido do ponto de vista macroeconômico. Ele enfatizou que o país foi um dos primeiros da região a elevar a taxa básica de juros após a pandemia, possibilitando início precoce de cortes, em contraste com possíveis adiamentos que podem ocorrer nos Estados Unidos, influenciando globalmente e afetando negativamente as economias mundiais e, consequentemente, a brasileira.
Maloney elogiou os investimentos diretos que o Brasil tem atraído para o setor de energia e expressou entusiasmo para avaliar o impacto da Nova Indústria Brasil (NIB), conjunto de políticas lançadas recentemente para impulsionar o setor industrial. Além disso, ele salientou a importância de manter os aspectos essenciais, como aprimoramento da educação e infraestrutura, e o estímulo à competição entre as empresas, ressaltando a necessidade de uma maior conexão entre as universidades e o setor privado no país.
O economista-chefe também alertou para o aumento da dívida pública brasileira no último ano, porém, não considerou isso um grande problema para o futuro. O Banco Mundial continua monitorando de perto a situação econômica do Brasil, fornecendo análises importantes para orientar as políticas e decisões do país rumo a um desenvolvimento sustentável e próspero.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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