A britânica pagará US$ 1,4 bilhão por metade de Bunge na BP Bioenergia, mega-deal de biocombustíveis no mercado brasileiro. Transação estrategica, longo prazo, energia renewable, etanol, geração, aviação, sustentável: desbloqueio para novas plataformas, prioridades da empresa. Módal de negócios: núcleo de biogás.
Desde o final de 2023, o petróleo tem sido o foco de uma série de mega-acordos, especialmente nos Estados Unidos. Além dessas fusões e aquisições, há empresas que estão buscando acordos de joint-venture no setor de energia renovável, visando a sustentabilidade a longo prazo. E o Brasil não fica de fora dessas negociações.
Em meio a esse cenário global, empresas brasileiras estão buscando parcerias estratégicas para expandir sua atuação no mercado internacional. A busca por alianças e associações com empresas estrangeiras tem se mostrado uma estratégia eficaz para impulsionar o crescimento e a inovação no setor energético. O Brasil, assim como outros países, está se adaptando às mudanças do mercado e buscando oportunidades de colaboração para se manter competitivo.
BP e Bunge anunciam acordo de joint-venture em biocombustíveis
Nessa direção, a gigante petrolífera britânica BP revelou recentemente um acordo estratégico para adquirir a participação de 50% da empresa americana Bunge na BP Bunge Bioenergia, uma joint venture de destaque no mercado brasileiro de biocombustíveis. A transação envolve um montante significativo de cerca de US$ 1,4 bilhão para a aquisição da parcela da Bunge, além de incluir uma dívida líquida de aproximadamente US$ 500 milhões e obrigações de arrendamento de cerca de US$ 700 milhões.
Parceria de sucesso entre BP e Bunge na BP Bunge Bioenergia
O CEO da Bunge, Greg Heckman, expressou sua satisfação com o andamento do negócio e o desempenho da equipe desde a criação da joint venture em julho de 2019. No entanto, ele ressaltou que, embora o acordo seja significativo, não é fundamental para a estratégia de longo prazo da empresa. A transação permitirá à Bunge concentrar seus esforços e investimentos em seus negócios centrais, fortalecendo assim seu balanço.
Aliança estratégica para impulsionar os negócios da BP
Por outro lado, a vice-presidente executiva de clientes e produtos da BP, Emma Delaney, enfatizou que a operação está alinhada com as prioridades da empresa de focar no negócio principal e aumentar os retornos para os acionistas. Ela destacou o entusiasmo da BP em agregar valor às suas capacidades comerciais e tecnológicas, visando expandir suas operações de bioenergia no Brasil e explorar novas oportunidades de crescimento na região.
Expansão e inovação no setor de bioenergia
Após a conclusão do acordo, a BP terá a capacidade de produzir aproximadamente 50 mil barris por dia de etanol equivalente a partir da cana-de-açúcar, por meio das 11 usinas localizadas em cinco estados brasileiros. A empresa ressaltou que o negócio oferece potencial para desbloquear novas oportunidades de crescimento e desenvolver novas plataformas de bioenergia, incluindo o etanol de próxima geração, o combustível de aviação sustentável (SAF) e o biogás.
Compromisso com a transição energética sustentável
Em paralelo ao anúncio, a BP informou que interromperá os planos para dois projetos potenciais em biocombustíveis, enquanto continuará avaliando outras três iniciativas em andamento. Essas medidas refletem a decisão da empresa de focar no valor e nos retornos das operações, visando alcançar um crescimento sustentável e simplificado no setor de bioenergia.
Metas ambiciosas e perspectivas futuras
Com a conclusão prevista para o quarto trimestre de 2024, a aquisição contribuirá para a meta da BP de atingir um Ebitda de cerca de US$ 2 bilhões em bioenergia e de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em todos os seus negócios de transição energética até 2025. As ações da Bunge e da BP refletiram positivamente o anúncio, com a Bunge avaliada em US$ 14,8 bilhões e a BP em £ 77,9 bilhões, registrando aumentos nas bolsas de valores de Nova York e Londres, respectivamente.
Fonte: @ NEO FEED
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