Países lançam declaração conjunta sobre clima: aproximação recíproca em políticas ambiciosas para efetuar esforços climáticos, desenvolvimento limpo e reformas institucionais. Temas: natureza, biodiversidade, energia limpa, cadeias de suprimento, agenda ampla, EUA, aprovações, finanças climáticas multilaterais, setor privado, investimentos, reformas em instituições, objetivos ambiciosos, trabalho G20.
Fernando Haddad fez um comunicado ao lado de Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos Foto: Pedro Kirilos / Estadão / Estadão RIO – O ministro da Fazenda destacou hoje, 26, que existe uma preocupação mútua entre Brasil e Estados Unidos em promover o uso de energia limpa. Durante o discurso ao lado da representante do Tesouro dos EUA, Haddad ressaltou a importância de incentivar o setor privado a investir em fontes de energia limpa para o futuro sustentável.
Em um momento de crescentes desafios globais, a parceria com os Estados Unidos se torna ainda mais relevante para impulsionar a transição para energias renováveis. Haddad e Janet Yellen concordaram que a cooperação internacional é essencial para acelerar a adoção de práticas sustentáveis e impulsionar a economia verde. A busca por soluções inovadoras em energias renováveis é fundamental para garantir um planeta mais saudável e próspero para as futuras gerações.
Parceria pelo Clima e Desenvolvimento de Energia Limpa
Ele mencionou que as duas nações compartilham o compromisso de promover a energia limpa. Lula afirmou que solicita diariamente a Haddad que não se preocupe: ‘As coisas vão se encaminhar’. Haddad ressaltou que a contribuição justa dos super-ricos em impostos é uma forma de combater a fome. Além disso, Haddad destacou que o G20 poderá emitir uma declaração conjunta sobre a taxação dos super-ricos. Yellen, por sua vez, comunicou que os dois países estão anunciando em conjunto uma parceria para o clima e mencionou que os objetivos são ambiciosos. ‘Estamos buscando um trabalho ambicioso sobre clima, um tema que o Brasil trouxe para o centro das discussões internacionais’, afirmou Yellen.
Cooperação Recíproca e Ampliação da Agenda Climática
Haddad e Yellen participam, hoje, do último dia das reuniões da trilha financeira do G-20, no Rio de Janeiro. Durante uma troca de cortesias diplomáticas que durou cerca de dez minutos, Haddad mencionou que Yellen tem demonstrado apreço pelo Brasil, algo que o governo brasileiro também reconhece. Os dois países são as maiores economias ocidentais, e Haddad expressou que é uma honra ter se encontrado com a secretária do Tesouro americano em várias ocasiões nos últimos 18 meses. ‘A agenda com os EUA é extensa e pode fortalecer a integração em nosso continente. Queremos estreitar os laços e servir de exemplo de cooperação internacional’, afirmou o ministro.
Convergência e Divergência nas Políticas Climáticas
Apesar da convergência em questões climáticas entre os governos Lula e Biden, há divergências em outros temas discutidos no G20, como a possível tributação internacional dos super-ricos. Os países discordam sobre a formalização de um acordo internacional, o que Yellen considerou desnecessário ou indesejado. O Brasil sugeriu a taxação de grandes fortunas em 2% e destinar parte da arrecadação para esforços de combate às mudanças climáticas, especialmente em nações menos desenvolvidas, mas essa proposta não deve avançar.
Iniciativa Conjunta para Energia Limpa e Reformas Climáticas
Após os discursos da secretária do Tesouro americano e do ministro da Fazenda, os governos dos dois países divulgaram uma declaração conjunta sobre clima durante a reunião do G20. A Parceria pelo Clima terá como pilares: Cadeias de suprimento de energia limpa; Mercados de carbono de alta integridade; Finanças da natureza e da biodiversidade; Fundos climáticos multilaterais. Essa iniciativa busca desenvolver políticas e liderar reformas em instituições internacionais em que ambos os países estão envolvidos. O objetivo é tornar os investimentos público e privado mais eficazes para enfrentar os desafios climáticos urgentes, incluindo tecnologias para energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono transparentes e conservação de florestas e biodiversidade. ‘Planejamos fortalecer nossa cooperação bilateral em fóruns multilaterais como o G20, as Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional’, afirmaram os representantes.
Fonte: @ Terra
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