De janeiro a julho de 2024, operações industriais de base superior a todo o ano passado; melhor resultado desde 2013. Participação: estadas e privadas, defesa, pesquisa, produção, distribuição, manutenção. Alta tecnologia, emendas parlamentares, diálogos, visitas técnicas, bilaterais, feiras, bens e serviços. Fortalecimento BID: amplia competitividade em industria defesa, pesquisa e produção.
As exportações de produtos de defesa do Brasil estão em alta, com autorizações para 2024 já ultrapassando o total do ano anterior. Até julho, as operações atingiram a marca de 1,47 bilhão de dólares, superando os 1,45 bilhão de dólares registrados ao longo de todo o ano de 2023.
Esses números indicam um crescimento significativo nas exportações de produtos de defesa, mostrando que o setor está em expansão. Até o momento, nenhum obstáculo foi identificado para frear esse avanço, e a expectativa é de que os valores continuem a subir nos próximos meses.
Exportações de produtos de defesa;
É o melhor resultado da série histórica desde 2013, de acordo com o Ministério da Defesa. As aeronaves KC-390 Millennium e o A-29 Super Tucano, fabricados pela Embraer, estão entre os itens mais exportados. Somente este ano, aproximadamente 500 milhões de dólares foram arrecadados com a venda desses aviões. Estados Unidos, Dinamarca, Hungria e Portugal são os principais importadores, com investimentos acima de 100 milhões de dólares cada. A Base Industrial de Defesa (BID) é composta por um conjunto de empresas, estatais e privadas, envolvidas em várias etapas, incluindo pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa. Esses produtos, que podem ser bens ou serviços, desempenham papel crucial na realização dos objetivos de segurança e defesa de um país.
As exportações estimulam a cooperação e integração no âmbito internacional, atraem investimentos externos e retêm talentos no país. Os números indicam desenvolvimento econômico, aumento da competitividade e fortalecimento da Base Industrial de Defesa, afirma o secretário nacional de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues. KC-390, da Embraer, é um dos itens exportados / Divulgação O Ministério da Defesa tem hoje um cadastro de 235 empresas que fazem parte da BID. O portfólio brasileiro inclui mais de 1,7 mil produtos, entre eles aeronaves, embarcações, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos. Todos esses itens são de alta tecnologia. Ao todo, o setor emprega quase 3 milhões de pessoas, entre postos diretos e indiretos.
Resultados O governo brasileiro tem obtido bons resultados graças a atividades como promoção comercial, coordenação de diálogos entre indústrias de defesa, visitas técnicas às bases industriais, reuniões bilaterais e participação em feiras nacionais e internacionais. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Roberto Gallo, o êxito é resultado de uma ação estratégica conjunta que se estende há cerca de dez anos. O que estamos vendendo hoje é fruto de um produto de defesa estratégico que já está em uso há, pelo menos, uma década, pois os produtos precisam ser testados, diz. Segundo ele, esse desempenho abre uma porta para que o Brasil volte a se tornar um dos maiores exportadores de sistemas de defesa do mundo.
Fonte: @ CNN Brasil
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