Carolina Arruda relatou sofrer agressões diversas, ante essa neuralgia trigêmica: ameaças, silêncio, enxaqueca, crises emocionais de dor gravíssima, marcadas por abusos, situações do passado, namoramento, primeira crise, abortar.
Carolina Arruda revelou ter sido vítima de abusos íntimos e domésticos, enfrentando ameaças e agressões antes de receber o diagnóstico da neuralgia do trigêmeo, conhecida como a doença com a ‘pior dor do mundo’ pela comunidade médica. Ao reconhecer a importância de lidar com o sofrimento psicológico gerado por eventos passados, ela busca agora o equilíbrio entre a cura da dor física e a superação das marcas deixadas pelas experiências traumáticas.
Enfrentar abusos íntimos e domésticos pode deixar sequelas profundas, como ameaças e agressões, que impactam não apenas o corpo, mas também a mente e o espírito. Carolina Arruda compreende que a jornada rumo à recuperação envolve não apenas tratamentos médicos, mas também o cuidado com a saúde mental e emocional, essenciais para reconstruir a autoestima e a confiança perdidas. É um processo desafiador, mas fundamental para romper o ciclo de violência e buscar uma vida plena e livre de traumas.
Carolina Arruda: Uma História de Abusos Íntimos e Domésticos
Ela compartilhou com o g1 na última sexta-feira (2) que os incidentes não foram oficialmente relatados à polícia, devido ao receio da exposição. A jovem revelou ter sido vítima de abusos sexuais dentro de sua residência, aos 6 anos, por um membro da família. ‘Ele me agredia, me ameaçava e chegou a me ameaçar de morte várias vezes se eu contasse a alguém. Ele também ameaçou prejudicar minha mãe e minha avó. Eu era apenas uma criança, não compreendia o que estava acontecendo, então acreditava que ele cumpriria suas ameaças. Com o tempo, comecei a culpar a mim mesma pelo que estava ocorrendo’, desabafou. Carolina Arruda sofre de uma condição que causa a ‘pior dor do mundo’. (Foto: Reprodução/ Instagram) ‘Sempre fui uma criança muito criativa. No entanto, comecei a me retrair e me tornar uma criança triste. Isso se deu porque fui vítima de abusos por um parente durante seis anos dentro da minha própria casa’, detalhou. Ela também mencionou que era constantemente ameaçada, o que a levou a se isolar e a acreditar que a segurança dela e de sua família dependiam de seu silêncio. Aos 13 anos, começou a apresentar sintomas do que estava por vir. ‘Sofria frequentes dores de cabeça e desmaios devido à intensidade da dor’, recordou. Naquela época, os sintomas foram diagnosticados como enxaqueca emocional, e as dores diminuíram gradualmente até cessarem. Jovem revela o que mudou em ‘pior dor do mundo’ após iniciar tratamento, e pondera sobre eutanásia Carolina iniciou um relacionamento que também foi marcado por abusos. ‘Ele era um competidor de academia, muito forte. Lembro-me dele segurando meu pescoço com uma mão e olhando fixamente nos meus olhos enquanto apertava, até que eu perdesse as forças. Quando minhas pernas cediam, ele parava’, relatou. Aos 16 anos, engravidou. ‘Ao contar sobre a gravidez, ele insistiu que eu abortasse. Foi a primeira vez que o confrontei. Afirmei que cuidaria da minha filha. Ele argumentou que não estava pronto para ser pai, e eu respondi: ‘Se veio um bebê, é porque temos condições de cuidar. Eu cuidarei da minha filha’. Ele não insistiu mais no assunto’, continuou. Durante a gestação, Carolina contraiu dengue e enfrentou graves crises de dor. ‘Lembro-me da primeira crise. Estava sentada no sofá da casa da minha avó, com meu pai ao meu lado. Fui tomada por um choque intenso. Durante a crise, só conseguia gritar, espernear e bater as pernas. Depois que passou, não conseguia explicar a meu pai o que havia sentido’, contou. No final da gravidez, descobriu que o namorado a traía e teria outro filho com outra mulher. ‘Revivi a Carolina despreparada da infância, incapaz de lidar com as emoções que me dominavam’, finalizou.
Fonte: @ Hugo Gloss
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