Defesa do jogador Bruno Henrique se manifestou na investigação do tribunal, arquivada, após atingir acidentalmente a bola com o pé em partida entre Flamengo e Santos.
Atacante Bruno Henrique afirma não ter participado de acréscimos no jogo do Flamengo contra o Santos, no dia 26 de março de 2023. Ele reforça que não teve participação no jogo e que a investigação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) começou a ser feita apenas após a partida.
Segundo as informações da investigação, o jogador teria solicitado que o árbitro desse um cartão amarelo em um jogador da equipe adversária, o que levou o árbitro a alegar que o atleta aguardar para solicitar o cartão. Dentro da investigação, Bruno Henrique argumenta que o tempo que levou para ele pedir o cartão foi demorado, o que pode ter levado a mal-entendidos.
‘Bruno é o centro das atenções
Na partida de 1º de novembro do ano passado, ele levou amarelo por falta em Soteldo aos 50 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo já perdia por 2 a 1, em um confronto entre jogadores de alto nível. Ele reclamou do cartão de forma desafiadora com o árbitro Rafael Klein e foi expulso imediatamente. Conforme o relatório da investigação, ‘Bruno Henrique aguardou os acréscimos do segundo tempo para cometer a ilegalidade pretendida, correndo o risco de que a partida fosse encerrada antes de consumar o ato’.
A defesa do jogador argumenta que ele queria apenas participar do lance, tendo se lançado em direção à bola com o único objetivo de recuperá-la, atingindo acidentalmente o atleta adversário. Além disso, outro argumento apresentado diz respeito ao fato de que Bruno Henrique estava pendurado com dois cartões amarelos na partida contra o Santos, o que poderia ter influenciado sua conduta no jogo. Duas rodadas depois, o Flamengo enfrentaria o Palmeiras, no Maracanã, em um confronto de times que ainda lutavam pelo título brasileiro, que acabou com a equipe paulista. Antes disso, o Flamengo enfrentaria o Fortaleza.
Como levou o vermelho direto por xingar o árbitro, Bruno Henrique ficou fora das duas partidas. A investigação do STJD foi arquivada, mas Bruno Henrique foi alvo nesta terça-feira de operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Mais de 50 policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão (não há mandados de prisão) em endereços no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
‘Bruno está no foco
Entre os endereços que são alvo da PF no Rio, estão o Ninho do Urubu, CT do Flamengo e a casa do jogador na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. ‘Bruno Henrique estava no residência, onde foram apreendidos computador, celular e alguns documentos.’ A PF também investiga parentes de Bruno Henrique, incluindo o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada dele, Ludymilla Araujo Lima; e a prima, Poliana Ester Nunes Cardoso.
Outras pessoas no alvo são Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, residentes em Belo Horizonte, que é a cidade natal de Bruno Henrique. Todos são ex-jogadores ou jogadores amadores de futebol. O relatório da IBIA informa que as ‘odds’ para Bruno Henrique receber um cartão eram de 3,10 – o que significa que, a cada R$ 1 apostado, o apostador receberia R$ 3,10 caso o resultado acontecesse.
‘Bruno Henrique: saiba o que diz o relatório que deu origem à investigação de manipulação
Os valores das apostas identificadas pela PF corroboram essas estimativas. Entre os valores identificados de apostas em cartão do atleta, estão os seguintes: R$ 3.050,00 para ganhar R$ 9.150,00 (lucro de R$ 6.100,00) e R$ 2.300,00 para ganhar R$ 7.000,00.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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