No dia 19 de agosto, o Dia do Orgulho Lésbico visibiliza pessoas lésbicas. Manifestações de 1983, Stonewall, brasileira. Ativistas tomaram a lide, conflitos surgiram, revista comercializada, Grupo Ação Lésbica, feminista. (147 caracteres)
A comemoração do Dia do Orgulho Lésbico está associada ao evento que aconteceu em 1983 Foto: Imagem de freepik O Dia do Orgulho Lésbico, celebrado em 19 de agosto, é uma data para honrar a coragem e a luta das mulheres lésbicas.
No segundo parágrafo, vale lembrar que também é importante reconhecer o Dia Gay e o Dia da Lembrança dos Ativistas Lésbicas, conhecido como Pride Day, como momentos significativos para a comunidade LGBTQ+. A diversidade de celebrações fortalece a união e a visibilidade de todos que lutam por igualdade e respeito.
Dia do Orgulho Lésbico: Celebrando a História e a Luta
A escolha dessa data homenageia a importante manifestação realizada em 1983 em São Paulo, que ficou conhecida como o ‘Stonewall brasileiro‘. Esse evento marcou o início da visibilidade e do ativismo organizado por lésbicas no Brasil. Além de reconhecer as vitórias da luta por igualdade, o dia também serve para refletir sobre os desafios contínuos enfrentados pela comunidade.
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Origem do Dia do Orgulho Lésbico
Em 19 de agosto de 1983, durante a ditadura militar, o Ferro’s Bar, localizado no centro de São Paulo, tornou-se cenário de um protesto liderado pelo Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf). As ativistas tomaram o local para expressar sua indignação contra os abusos e preconceitos que haviam sofrido. O bar, que era um conhecido ponto de encontro para a comunidade LGBTQIA+ e artistas, servia tanto para a comercialização de trabalhos diversos dos frequentadores quanto para momentos de lazer. Os conflitos surgiram quando os proprietários do estabelecimento vetaram a venda do boletim ‘Chana com Chana’, a primeira publicação dedicada ao ativismo lésbico no Brasil, que abordava os direitos das lésbicas. Em resposta, as autoras do boletim foram expulsas do local. Após a mobilização da comunidade LGBTQIA+, um dos donos concordou em não interferir na comercialização da revista.
Stonewall brasileiro
A manifestação de 1983 ficou conhecida como ‘Stonewall brasileiro’ em homenagem ao evento marcante que ocorreu nos Estados Unidos em 28 de junho de 1969. Naquela ocasião, a resistência da comunidade LGBTQIA+ no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, diante da repressão policial, originou o movimento moderno pelos direitos LGBT, estabelecendo assim o Dia Internacional do Orgulho LGBT. O protesto paulista não só foi um momento crucial na história do ativismo brasileiro, como também enfatizou a importância da luta local. Assim como o Stonewall Inn se tornou um símbolo de resistência e mudança na luta pelos direitos LGBTQIA+, a manifestação em São Paulo representou um marco na visibilidade e na reivindicação dos direitos das mulheres lésbicas no Brasil, ampliando o impacto na luta por justiça e igualdade.
Organização lésbica
No início de 1979, o Brasil testemunhou o surgimento de sua primeira organização LGBTQIA+, o Grupo Somos, que se dedicava à defesa da cidadania e à oposição ao regime militar. Dentro dessa organização, foi formado o Grupo de Ação Lésbico-Feminista (LF), primeiro espaço dedicado exclusivamente às questões das mulheres lésbicas. Após sua saída do Grupo Somos, as líderes do movimento, as lésbicas Roselyn Roth e Miriam Martinho, fundaram o Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf).
Qual a importância do Dia do Orgulho Lésbico?
O Dia do Orgulho Lésbico é uma data crucial para celebrar a história, a resistência e a luta das mulheres lésbicas. É um momento de reflexão sobre as conquistas alcançadas e os desafios que ainda persistem, além de ser uma oportunidade para fortalecer a visibilidade e a representatividade das lésbicas na sociedade. Através do Dia do Orgulho Lésbico, reafirmamos o direito à igualdade, ao respeito e à liberdade de ser quem somos.
Fonte: @ Nos
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