Público potencial estratégico para negócios são consumidores com mais de 50 anos, abrangendo acesso ao crédito, investimentos, meios de pagamento e instrumentos financeiros como poupança e economia, além da cultura de bem-estar e prateada, impactando a economia bancário.
Na América Latina e Caribe, o envelhecimento da população gera demandas específicas em instituições financeiras. Eles precisam se adaptar às necessidades dos consumidores mais velhos, que desempenham um papel crescente na economia. Os consumidores com mais de 50 anos têm um potencial estratégico considerável nas instituições financeiras, especialmente em áreas como o acesso ao crédito e instrumentos para investir.
As demandas por serviços bancários e de poupança aumentam com a geração de idosos. Eles buscam investir seu dinheiro de forma segura e com retorno. A cultura financeira desses consumidores é influenciada pelo bem-estar e estabilidade financeira, o que impulsiona a procura por opções de investimento e crédito que atendam às suas necessidades. Além disso, o acesso a serviços bancários online e a tecnologia financeira facilita a gestão de suas finanças.
Tendências econômicas em foco: atendendo às demandas da geração prateada
A crescente demanda por produtos e serviços financeiros da ‘geração prateada’ exige uma abordagem específica, como destaca uma pesquisa antecipada pelo Valor Investe. Essa geração, caracterizada por pessoas com mais de 50 anos, enfrenta desafios significativos em seu acesso bancário, particularmente aqueles com menor poder aquisitivo. Uma pesquisa realizada pela consultoria Data8 em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID Invest e BID Lab, intitulada ‘Prateados na Argentina, no Chile, Paraguai e Uruguai (2023-2043)’, revela que essa população, embora tenha maior solidez financeira, apresenta limitações ao empreender e continuar se mantendo financeiramente devido à limitação de idade para acessar determinados produtos. Essa situação é um reflexo de uma ‘miopia mercadológica’, como define Layla Vallias, cofundadora da Data8 e coordenadora da pesquisa.
Uma visão mais ampla da economia: satisfação das demandas da geração prateada
A importância dessas pessoas permanece, especialmente em segmentos vulneráveis. O nível de acesso bancário é significativamente reduzido entre a população prateada com rendimentos mais baixos: 40% das pessoas na América Latina e no Caribe com 50 anos ou mais e renda de até dois salários mínimos mensais não possuem nenhum produto financeiro. Esse cenário apresenta um grande potencial de satisfação de demandas não atendidas, especialmente em termos de poupança, crédito, seguros, meios de pagamento e serviços não financeiros. Cléa Klouri, cofundadora da Data8 e coordenadora da pesquisa, aponta que os mais vulneráveis são clientes potenciais, representando um grupo com necessidades não satisfeitas.
O que está em jogo: a geração prateada e o bem-estar financeiro
A América Latina e o Caribe são a região que envelhece mais rapidamente no mundo, e o estudo ‘Prateados na Argentina, no Chile, Paraguai e Uruguai (2023-2043)’ aborda os aspectos que impactam o envelhecimento populacional e propõe diretrizes para diferentes setores da economia. Essa pesquisa identificou que produtos de consumo para fins de saúde e habitação continuam a ser uma necessidade para a população prateada, e que esses produtos são instrumentos de acesso bancário com impacto positivo no bem-estar financeiro. Na região, soluções de crédito voltadas ao consumo e para atividades produtivas estão disponíveis, embora muitas vezes estejam atreladas à capacidade de endividamento e ao destino do financiamento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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