Professoras de rede municipal vão receber premiação por metodologias de ensino fundamental que incluem brincadeiras, contação de histórias antirracistas e uso de dicionário antirracista em aulas de ensino infantil, uma forma de preservar a herança africana no ensino.
A rede municipal de Rio Branco recebeu um reconhecimento importante em seu trabalho de promoção da educação nas relações étnico-raciais. Quatro projetos desenvolvidos pela rede municipal foram considerados os melhores do estado do Acre, conquistando o 6º Prêmio Acreano de Educação das Relações Étnico-Raciais, uma premiação realizada pelo Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial do Estado do Acre (FPEER/AC).
A premiação expressa a importância do investimento em educação de qualidade, com enfoque na educação antirracista, que visa superar barreiras como o racismo. Através desse tipo de ensino, as escolas podem criar ambientes mais inclusivos e promover a educação para a igualdade racial. Em tempos em que a escola ainda enfrenta desafios em seu papel na promoção da igualdade racial, reconhecimentos como esses são um estímulo para o avanço da educação em direção a uma sociedade mais justa.
A Educação na Ponta do Dedo: Prêmios para Profissionais que Incluem Diversidade em Sala de Aula
Uma iniciativa inspiradora está ganhando força na educação pública municipal, onde professoras e uma gestora de unidade de ensino estão sendo reconhecidas por suas metodologias inovadoras que incluem técnicas como contação de histórias, brincadeiras e o uso de um dicionário antirracista. Essas práticas visam transformar a forma como a educação é ministrada, promovendo uma abordagem mais inclusiva e diversa. Desde 2008, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FPEER) tem sido uma entidade influente na promoção da igualdade racial nas escolas, lançando anualmente prêmios que destacam iniciativas que contribuem para essa causa.
A secretária Nabiha Bestene destaca que essas ações não apenas visam superar o racismo e as desigualdades geradas por ele, mas também promover a construção da identidade das crianças. Com essa perspectiva em mente, a educação pode continuar a ser uma ferramenta poderosa para transformação social, superando os obstáculos de racismo e desigualdade.
Os ganhadores do prêmio da FPEER em 2024 são profissionais da educação municipal que desenvolvem projetos inovadores que visam promover a igualdade racial nas escolas. Esses projetos incluem o uso de contação de histórias, brincadeiras e o desenvolvimento de um dicionário antirracista. O prêmio destaca a importância da diversidade e da inclusão na educação, promovendo uma cultura de respeito e aceitação em sala de aula.
A valorização da herança africana é um tema importante para o ensino no Brasil, especialmente para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. A redação do Enem desafia os alunos a explorar como a herança africana é valorizada no Brasil, destacando a importância de uma educação que promova a igualdade e a inclusão.
A professora Daniela Toffoli do Curso Anglo destaca que a escolha do tema é consistente com o padrão do Enem, que geralmente aborda temas sociais e políticos. Ela aconselha os alunos a explorar métodos de inclusão, relações com a herança cultural e religiosa, causas da desvalorização da herança africana, relembrar o passado histórico escravocrata, discorrer sobre as consequências e propor conscientização e políticas de educação.
O diretor de ensino e inovações do SAS Educação, Ademar Celedônio, destaca que o aluno vai precisar fazer uma análise crítica da influência da identidade no tema da valorização da herança africana, destacando o papel da educação na construção da identidade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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