No TJ/SP, um homem acusado está preso, mas seus advogados afirmam que a prisão preventiva é ilegal e desproporcionada. Pedido de habeas corpus no STJ: o rapaz, foragido, corrige risco e tem presunções gravíssimas, porém a prisão preventiva foi negada. Motivações da Promotoria: elementos do processo apresentados para prevencionar descumprimento de normas no interesse coletivo. Recluso solicitou nova justificativa com novos elementos, mas a reiteração de descumprimento persiste.
A defesa do empresário e condutor do Porsche Fernando Sastre de Andrade Filho solicitou um habeas corpus no STJ na madrugada de segunda-feira, 6. Fernando está sendo acusado de homicídio doloso qualificado e lesão corporal grave, devido a um acidente ocorrido em 31 de março em Tatuapé/SP, quando conduzia um Porsche em alta velocidade.
Além da defesa do réu, a representação legal de Fernando Sastre de Andrade Filho alega que os detalhes do caso não refletem a totalidade dos fatos e que a liberdade do acusado é fundamental para a garantia de seus direitos legais. A defesa ressalta a importância do devido processo legal e aguarda a decisão do STJ para garantir a justiça no caso em questão.
Defesa de motorista do Porsche solicita novo pedido de habeas corpus no STJ; homem está foragido
A tragédia causada pelo acidente resultou na perda irreparável de um homem de 52 anos, Ornaldo Viana, motorista de aplicativo, e deixou outro, Marcus Rocha, ferido. Marcus, que era amigo do motorista e estava no banco do passageiro do Porsche no momento da colisão, sofreu graves ferimentos. Segundo a perícia, o motorista do veículo de luxo estava em uma via com limite de velocidade de 50km/h, porém, trafegava a uma assustadora velocidade de aproximadamente 156,4 km/h quando atingiu a traseira do carro de Ornaldo, um Renault Sandero.
A situação se tornou ainda mais complexa quando o condutor do Porsche teve sua prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) na última sexta-feira, 3, e desde então encontra-se foragido, dando início a uma intensa busca policial para localizá-lo. A defesa do motorista, representada pelos advogados Fernando, Jonas Marzagão e Elizeu Neto, decidiu solicitar um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em meio aos desdobramentos desse caso de grande repercussão.
Os advogados argumentam que não há elementos suficientes no processo que justifiquem a prisão preventiva do empresário e questionam a motivação por trás da decisão, alegando que foi influenciada pela pressão da mídia. Além disso, enfatizam que o rapaz corre sério risco e encontra-se recluso, fatores que devem ser considerados com urgência na análise do caso.
A prisão preventiva foi inicialmente solicitada pelo Ministério Público, que acusou o empresário de homicídio por dolo eventual, por assumir o risco de causar a morte do motorista de aplicativo, e lesão corporal gravíssima, pela ferimento causado a Marcus Vinicius Machado Rocha. Surpreendentemente, mesmo após três tentativas anteriores de pedido de prisão negadas pela Justiça, a promotora do caso, Monique Ratton, decidiu reiterar a solicitação, embasando-se em novos elementos apresentados.
Em sua argumentação, ela ressaltou que, dada a gravidade do caso e a possibilidade de reincidência do motorista em descumprir normas, a prisão preventiva seria necessária para prevenir danos maiores e resguardar o interesse coletivo. O desembargador João Augusto Garcia, relator do processo, destacou a importância de intervir de forma preventiva diante das novas informações apresentadas, enfatizando a urgência em garantir a ordem pública e a integridade do processo.
Diante de todas as reviravoltas e debates em torno do caso, a defesa do empresário continua lutando para evitar sua prisão e aguarda ansiosamente a decisão do STJ sobre o novo pedido de habeas corpus. Enquanto isso, a busca pelo homem foragido continua, em um cenário onde a legalidade e a defesa se entrelaçam em uma batalha constante por justiça e equidade.
Fonte: © Migalhas
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