No Malawi, meninos fabricam bolas de materiais recicláveis: plástico e tecido, usando mãos habilidosas e seringas. Vendem em campos de refugiados Dzaleka. Fraternidade e Sem Fronteiras incentivam. Fotógrafo do Rio de Janeiro registrou. Voluntários ajudam montar estrutura. Melhorar qualidade, quantidade. Ubuntu, Escola Nacional, campanha. Usam bexigas, cordas finas. Produzir maior impacto.
Em um beco de terra batida, retalhos de plástico e tecido são cuidadosamente costurados em uma bola de futebol por mãos ágeis. Um barbante apertado dá o toque final, e uma agulha improvisada é usada para inflar a bola. Assim que ela está pronta, os jovens, responsáveis pela confecção, logo começam a driblar o objeto pelas vielas da favela de Kibera, no Quênia, na África Oriental.
No segundo parágrafo, um grupo de meninos se reúne em torno de uma esfera improvisada de futebol, prontos para um animado jogo de soccer. A bola feita à mão rola de pé em pé, em meio a risadas e gritos de empolgação. A paixão pelo esporte é evidente, mesmo diante das adversidades enfrentadas diariamente pelos moradores locais. A alegria contagiante daqueles garotos é um reflexo da importância da bola de futebol em suas vidas.
Garotos talentosos e a importância da bola de futebol
A criatividade desses garotos é surpreendente. A maneira como capricham na confecção das bolas de futebol ilustra o quanto esse objeto é essencial para eles. A presença da esfera de futebol vai além da diversão, sendo vista como uma ferramenta para realizar sonhos. Ser jogador de futebol é o principal desejo dessas crianças, mas elas também enxergam a bola como uma oportunidade de geração de renda e, consequentemente, de melhoria na realidade em que vivem.
Produção em maior quantidade incentivada por voluntários
Desde o início deste mês, as crianças estão empenhadas em produzir bolas em maior quantidade para comercializá-las. A iniciativa foi incentivada por uma fotógrafa do Rio de Janeiro, que visitou o campo de refugiados em julho deste ano como voluntária da Fraternidade Sem Fronteiras. Míriam Ramalho, ao presenciar a produção das bolas, ficou impressionada com o talento dos garotos e encomendou duas unidades para reconhecer o trabalho e incentivar a criatividade.
Empreendedorismo e apoio para as crianças refugiadas
A ideia de que as bolas poderiam gerar renda para os garotos se fossem vendidas nas feiras locais ganhou força. Outros voluntários se uniram para ajudar as crianças a empreender na produção das bolas, vislumbrando uma oportunidade de transformação. A campanha organizada por Evaldo José Palatinshy, diretor da Ubuntu Nation School, arrecadou recursos para iniciar a fabricação das bolas, visando melhorar a qualidade do material utilizado e proporcionar uma fonte de receita sustentável.
Impacto das bolas de futebol no campo de refugiados
No campo de refugiados Dzaleka, o esporte está profundamente enraizado no cotidiano das pessoas em busca de refúgio. Além de presenciar a produção das bolas, o ge pôde vivenciar a realidade do local, onde campeonatos locais de futebol e uma escola incentivam a prática esportiva. A iniciativa de utilizar material reciclável mais resistente para a fabricação das bolas reflete o desejo de transformar a paixão pelo futebol em uma fonte de renda duradoura e significativa para as crianças e suas famílias.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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