Brasil lida setor região, concentra 40% novos investimentos, expandindo datacenters avançando IA, nuvem serviços. Consome muita água energia. Mercados datacenters acima 100MW impulsiona nearshoring fenômeno. (147 caracteres)
O aumento significativo no número de datacenters no Brasil entre 2013 e 2023 é um reflexo do crescimento acelerado do setor de tecnologia no país. Empresas de renome internacional têm investido pesado nesse mercado promissor, gerando empregos qualificados e impulsionando a economia local. A presença dessas infraestruturas modernas e eficientes tem contribuído para a transformação digital em diversos setores da sociedade brasileira.
Além disso, os centros de dados têm se tornado peças fundamentais no processo de armazenamento e processamento de informações em larga escala. Com a demanda crescente por serviços digitais, a necessidade de centros de armazenamento de dados e centros de processamento de dados tem se tornado cada vez mais evidente. Essas estruturas desempenham um papel crucial na sustentação da infraestrutura tecnológica do país, garantindo a continuidade e a segurança das operações online.
Expansão dos Datacenters impulsiona o Avanço da Inteligência Artificial e Serviços de Nuvem
Com o avanço da inteligência artificial (IA) e dos serviços de nuvem, os centros de dados se expandiram pela região, acompanhados de preocupações crescentes com os efeitos colaterais, como os altos gastos de água e energia. A gerente de consultoria e transações para América Latina da CBRE, Alison Takano, destaca que o Brasil está seguindo a tendência global, com os centros de armazenamento de dados ganhando maior escala recentemente devido à ampliação das operações na nuvem de grandes empresas.
Os maiores players nesse cenário são Google, Microsoft e Amazon, que processam um volume significativo de dados, demandando centros de processamento de dados de alta capacidade. O número de datacenters cresceu consideravelmente no Brasil entre 2013 e 2023, conforme o Brazil Data Center Report da consultoria imobiliária JLL, com o país liderando o setor na América Latina e atraindo cerca de 40% dos novos investimentos na área.
De acordo com o Datacenter Map, empresa especializada em mapear centros de dados globalmente, o Brasil conta atualmente com 135 instalações desse tipo, a maioria localizada no estado de São Paulo. Em segundo lugar na região está o México, com 50 centros, seguido pelo Chile, que possui 49 centros de armazenamento de dados.
Alison Takano ressalta que um dos principais desafios enfrentados pelo setor em escala global é o elevado consumo de energia. Alguns datacenters operam com mais de 100 megawatt (MW), o que pode superar os gastos energéticos de uma cidade de pequeno porte. Nesse contexto, a parcela significativa de fontes renováveis na matriz elétrica do Brasil, que chega a 84,25% segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), torna o país atrativo para o setor.
Outro destaque regional é o México, cuja proximidade com os Estados Unidos impulsiona o fenômeno conhecido como nearshoring, estratégia que busca reduzir riscos nas cadeias de fornecimento ao instalar estruturas importantes em países vizinhos. Recentemente, a Amazon anunciou investimentos de 5 bilhões de dólares em centros de processamento de dados no país.
Marina Otero Verzier, arquiteta e professora visitante da Universidade de Columbia, enfatiza que os datacenters são vistos como marcos de desenvolvimento tecnológico, com grandes investimentos realizados por empresas como Google e Microsoft sendo considerados símbolos de status. No entanto, crescem os questionamentos sobre os impactos desses empreendimentos, especialmente em países desenvolvidos, levando as empresas do setor a considerar a América Latina como uma alternativa.
Verzier destaca que os datacenters geralmente empregam poucas pessoas, com a maioria dos funcionários sendo especialistas trazidos de fora, devido à demanda por mão de obra altamente qualificada. Em algumas operações, o número de funcionários não ultrapassa a marca de dez, evidenciando a natureza altamente especializada e de baixo impacto no emprego local desses centros de armazenamento de dados.
Fonte: @ Terra
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