Lessa confessou estar com ‘Doutor Piroca’ ao planejar a execução da vereadora Marielle, segundo relatório da Polícia Federal.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Segundo informações vazadas, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou em seu depoimento que buscou pontos estratégicos para concretizar o assassinato da vereadora Marielle Franco durante uma conversa regada a uísque com um comparsa, o advogado André Luiz Fernandes Maia, mais conhecido como Doutor Piroca. A reunião aconteceu pouco antes do trágico acontecimento na noite de 14 de março de 2018, chocando a todos.
André Luiz Fernandes Maia é um advogado polêmico que se envolveu em diversos casos controversos, incluindo esse episódio sinistro ligado à morte de Marielle Franco. Sua relação com Lessa levanta questionamentos sobre sua conduta ética e moral, trazendo à tona mais um escândalo envolvendo o nome de Doutor Piroca no cenário jurídico do Rio de Janeiro.
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O envolvimento de Doutor Piroca na execução da vereadora
De acordo com o relatório da Polícia Federal sobre o caso, o suspeito André Luiz Fernandes Maia, mais conhecido no meio profissional como ‘Doutor Piroca’, teve participação crucial na execução da vereadora. Lessa, réu confesso, afirmou que estava obcecado em encontrar uma alternativa viável para o crime e passou a estudar o endereço da vítima com afinco. Isso aconteceu na companhia do advogado, morto posteriormente.
O nome de Maia também aparece na delação de Élcio de Queiroz, outro suspeito do assassinato de Marielle. Segundo colegas, ‘Doutor Piroca’ era considerado ‘marrento’ e envolvido em brigas, além de ter o costume de andar armado. O apelido fazia referência à expressão ‘piroca das ideias’, algo relacionado a estar ‘doido’.
Principais evidências do relatório da Polícia Federal
O relatório da Polícia Federal apontou que Maia tinha conexões com o crime organizado, especialmente com a milícia que atua no bairro Anil, onde ele residia. No momento de sua morte, em 12 de abril de 2018, ele foi abordado por dois homens armados enquanto saía de casa e foi alvejado no peito, sem que nada fosse levado pelos suspeitos. A investigação da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi motivado por dívidas com a milícia, denunciado pelo Ministério Público.
Um suspeito do crime, ligado ao grupo paramilitar do Anil, foi preso em 2021 em Miguel Pereira. Lessa, em acordo de delação premiada, apontou outros possíveis envolvidos, o que resultou na operação Murder Inc. da Polícia Federal, culminando na prisão de importantes figuras políticas do Rio de Janeiro.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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