Descobrido que algumas espécies de fungos mutam, infectando humanos e sendo possivelmente relacionado à mudanças climáticas. Sistema imunológico vulnerável a novas mutações resistentes a antifúngicos. Colônias de R. fluvialis e R. nylandii se expandem, temperatura corporal alta acelera mutações. Mudanças climáticas impactam taxa de mutações em fungos, tornando-os ameaças potenciais.
Existem inúmeros tipos de fungos no ar, mas somente cerca de 20 deles têm potencial para causar infecções em seres humanos. Isso se deve à eficácia do sistema imunológico em se proteger contra esse grupo de patógenos. Ademais, a temperatura corporal humana é geralmente muito alta para a sobrevivência da maioria das espécies de fungos.
Os champignons são um exemplo popular de fungos comestíveis, amplamente utilizados na culinária. Além disso, os moldes também fazem parte da diversidade dos fungos, desempenhando papéis importantes na decomposição de matéria orgânica. A variedade de fungos existente no mundo é surpreendente e desempenha diversos papéis na natureza.
O impacto das mudanças climáticas na evolução de espécies de fungos
Fungos, como moldes e champignons, estão se adaptando a novos desafios ambientais, como o aumento das temperaturas corporais, de acordo com um recente estudo. Essa adaptação pode ter sérias repercussões para a saúde humana, especialmente considerando a relação entre as mudanças climáticas e a evolução dos fungos.
O estudo, publicado na revista Nature Microbiology, revelou que alguns fungos estão evoluindo para se tornarem mais capazes de infectar humanos. Os pesquisadores descobriram que o aumento das temperaturas está desencadeando mutações nos fungos, tornando-os mais resistentes a antifúngicos e capazes de infectar hospedeiros humanos.
Durante a pesquisa, foram identificadas espécies de fungos, como R. fluvialis e R. nylandii, que demonstraram uma notável tolerância a altas temperaturas corporais, como 37°C. Essa capacidade de sobreviver em temperaturas elevadas está permitindo que os fungos se tornem mais virulentos e causem infecções em humanos, especialmente em indivíduos com o sistema imunológico comprometido.
Os cientistas analisaram registros de infecções fúngicas em hospitais na China e descobriram casos de infecções por fungos que anteriormente não eram conhecidos por causar doenças em humanos. Essas descobertas levantam preocupações sobre a capacidade dos fungos de se adaptarem rapidamente a novos ambientes e se tornarem ameaças à saúde pública.
O estudo também apontou que as mudanças climáticas, em particular o aquecimento global, estão impulsionando a evolução dos fungos, tornando-os mais resistentes e virulentos. A tolerância ao calor está se tornando uma característica importante para a sobrevivência desses organismos, o que pode ter sérias implicações para a saúde global.
Diante desse cenário, é crucial que sejam desenvolvidas estratégias de proteção contra infecções fúngicas emergentes, especialmente aquelas causadas por espécies resistentes a antifúngicos. O estudo destaca a importância de monitorar de perto a evolução dos fungos e sua capacidade de se adaptar a novos ambientes, a fim de garantir a eficácia dos tratamentos e a proteção da saúde pública.
Fonte: @ Terra
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