Fontes destacam sinergia entre negócios impulsionando campo de atuação e movimento inédito de consolidação, tornando petroleira mais competitiva.
A parceria entre 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3), divulgada hoje, promete mudar o cenário das ‘junior oils’ no mercado brasileiro. Com essa fusão, novas oportunidades e desafios surgem para as empresas do setor, mostrando a força e o potencial dessas companhias em expansão.
Essa aliança entre as duas gigantes também pode abrir espaço para colaborações inovadoras entre empresas menores de petróleo. A partir desse movimento, novas estratégias e investimentos podem ser impulsionados, criando um ambiente mais dinâmico e competitivo no segmento de junior oils.
Transformações no Setor de Junior Oils e suas Estratégias de Consolidação
O recente movimento de fusão entre 3R Petroleum e Enauta promete impulsionar uma petroleira mais competitiva, rivalizando com a Prio em volume de produção. No entanto, a nova entidade enfrenta o desafio de aumentar sua receita, que ainda não alcança 60% da concorrente. O campo de atuação expandido, agora contemplando operações em alto mar e onshore, traz oportunidades de sinergia com ativos de infraestrutura, gasodutos e a refinaria Clara Camarão no Rio Grande do Norte.
Essa inédita consolidação no segmento das empresas menores de petróleo cria um cenário desafiador para players como a PetroReconcavo, que se veem obrigados a buscar alternativas após tentativas malsucedidas de união. A análise aponta que a transação com a Enauta se apresentava como a opção mais coerente e promissora para o negócio.
O mercado vislumbra uma fase de movimentação intensa de M&As entre as junior oils, impulsionada pelo congelamento dos desinvestimentos da Petrobras pelo atual governo. Esse cenário, segundo especialistas como Adriano Pires, do CBIE, sinaliza um novo ciclo para as pequenas petroleiras, que agora buscam se manter rentáveis em um ambiente desafiador de restrição de aquisições.
A fusão entre 3R Petroleum e Enauta resulta em uma empresa com valor de mercado expressivo, estimado em R$ 15,8 bilhões. Esse montante supera em mais que o dobro o valor de mercado da PetroReconcavo. Por sua vez, a Prio, segunda maior petroleira do setor, é avaliada em R$ 41,8 bilhões, evidenciando a relevância do movimento de consolidação em curso.
A operação em andamento prevê a incorporação das ações da Enauta pela 3R, resultando em uma nova composição acionária. Após a fusão, a nova petroleira contará com acionistas de peso, como o Bradesco, a gestora Jive, as famílias Gerdau e Queiroz Galvão, e a Maha Energy, consolidando sua posição no mercado. Com a previsão de conclusão ainda no primeiro semestre, essa movimentação promete redefinir o panorama competitivo das junior oils e impulsionar a busca por uma maior participação no mercado petrolífero nacional.
Fonte: @ Info Money
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