Dados da Lei de Acesso à Informação revelam que a Secretaria Estadual da Educação planeja investir R$ 900 mil/mês na assistência virtual de correção da plataforma Redação Paulista.
Em um futuro próximo, a inteligência artificial se tornará cada vez mais presente em nosso cotidiano, revolucionando diversas áreas. Uma das aplicações mais reconhecidas da inteligência artificial é a de assistente virtual, como a desenvolvida pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo. Esse tipo de tecnologia tem o potencial de agilizar processos, como a correção de redações, trazendo praticidade e eficiência para educadores e estudantes.
A utilização de IA e outras tecnologias avançadas contribui significativamente para a evolução do ensino, permitindo uma abordagem mais personalizada e aumentando o engajamento dos alunos. Nesse contexto, a parceria entre professores e a inteligência artificial pode promover uma educação mais dinâmica e adaptativa, preparando os estudantes para os desafios do século XXI e estimulando a inovação no ambiente escolar.
Inteligência Artificial na Educação: Avanços e Desafios
Os dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) revelam que o governo planeja investir uma média de R$ 900 mil mensais na utilização do ‘assistente de correção virtual’, totalizando cerca de R$ 10 milhões ao longo de 2024. No primeiro mês de operação da ferramenta, em dezembro de 2023, houve um gasto de R$ 350 mil.
A implementação da inteligência artificial na plataforma Redação Paulista, onde o assistente virtual de correção atua, visa otimizar o processo de revisão de textos nas escolas estaduais. Segundo a Secretaria de Educação (Seduc), mais de 2,4 milhões de estudantes submeteram 3,5 milhões de redações somente no segundo semestre de 2023. A introdução da assistência virtual tem como objetivo agilizar e simplificar essas avaliações.
De acordo com informações fornecidas pela Seduc-SP, a correção realizada pela inteligência artificial é disponibilizada exclusivamente para o professor, que tem a possibilidade de editar os comentários e a nota atribuída. A TV Globo buscou esclarecimentos sobre a obrigatoriedade da revisão para todas as redações, e a secretaria informou que, até o encerramento do 1º bimestre, 1,9 milhão de redações foram corrigidas com o auxílio do assistente virtual.
Além disso, a Seduc destacou a realização de capacitações tanto virtuais quanto presenciais para os professores, ressaltando que a plataforma Redação Paulista efetua automaticamente uma correção ortográfica e gramatical antes do envio, com o intuito de orientar o aluno sobre a forma correta de escrita. A intervenção manual do estudante é necessária para efetuar as alterações sugeridas e enviar o texto para o docente.
A professora Sharlene Leite, especialista em preparação para o Enem, mencionou que está explorando a integração de tecnologias, como a inteligência artificial, no processo de avaliação de redações, porém ainda não as incorporou. Ela atua como diretora de Redação em um curso pré-vestibular com 100 professores que corrigem em média 4 mil redações semanalmente, e já acompanhou cinco estudantes que alcançaram a nota máxima na redação do Enem.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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