“Índice ganhou em Brasil: gastos contingenciados e novas eleições nos EUA impactaram siderurgia, bancos e papéis. Boletim: aumentou despesas, caiu receitas, áreas afetadas: juros, resultados primários, dólar perdeu força, inflação, incerteza sobre vencedor/substituto republicano.”
O mercado financeiro brasileiro registrou um movimento positivo com a confirmação de contingenciamento de R$ 15 bilhões pelo Governo. A notícia impulsionou o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou o dia com alta de 0,19%, atingindo os 127.860 pontos. Os investidores reagiram de forma otimista diante das perspectivas econômicas e do cenário político atual.
Com essa movimentação, o Ibovespa reforça sua importância como referência no mercado financeiro nacional, refletindo a composição do índice e a variação dos preços das principais ações listadas. A Bolsa de Valores de São Paulo continua sendo um termômetro importante para os investidores, que buscam acompanhar de perto as oscilações do mercado acionário.
Ibovespa: Índice de Preços e Composição
O Ibovespa continua sua trajetória volátil, acumulando ganhos de 3,2% em julho, mas deslizando 4,7% no ano. O volume de negociações atingiu R$ 12,5 bilhões, superando a média de R$ 16,7 bilhões em 12 meses. A Bolsa de Valores de São Paulo reflete a contingência de recursos e a previsão de resultados ainda incertos.
A meta fiscal, embora aparentemente cumprida, revela um cenário de déficit, o que não corresponde às expectativas do mercado. A situação é delicada, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas. Manter-se na banda tolerada pode ser interpretado como um sinal de fragilidade pelos agentes do mercado.
O governo precisa esclarecer quais áreas serão afetadas pelo contingenciamento de recursos no Orçamento. O documento publicado recentemente mostra uma redução de R$ 8,3 bilhões em despesas discricionárias em relação ao relatório anterior. A incerteza paira sobre as receitas, que caíram, e as despesas, que aumentaram, em comparação com o período anterior.
Apesar do alívio com a previsão do resultado primário, o mercado mantém uma postura cautelosa em relação ao quadro fiscal do Brasil. O Boletim Focus desta semana revela projeções que pioraram para o PIB, o dólar e a inflação, refletindo a aversão ao risco e a mudança no cenário eleitoral nos Estados Unidos.
A desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição nos EUA trouxe uma nova dinâmica ao cenário político, gerando incertezas sobre o vencedor contra o republicano Donald Trump. A volatilidade nos discursos e expectativas exige uma reavaliação constante.
A queda do dólar frente a outras moedas, incluindo o real, reflete a mudança de cenário eleitoral nos EUA. O dólar desvalorizou-se em relação ao real, negociado a R$ 5,57, acumulando uma queda de 0,34% no mês. No entanto, no acumulado do ano, a moeda americana ainda apresenta uma valorização de 14,78% em relação ao real.
Essa diminuição do dólar foi favorável para os juros brasileiros, uma vez que a expectativa é de que a inflação perca força com a queda da moeda americana. Além disso, a perspectiva de cumprimento do arcabouço fiscal contribuiu para reduzir o prêmio de risco das taxas de juros futuros.
A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 registrou uma leve queda, saindo de 10,68% para 10,65%. Os prêmios em contratos de curto prazo estão atrelados às expectativas dos investidores em relação à Selic. Já para janeiro de 2033, a taxa caiu de 12,15% para 11,96, refletindo a confiança na estabilidade econômica.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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