Desempenho ruim do índice: Alta inflação brasileira e PIB EUA ameaçam prolongar alto juros. Preços ao consumidor (PCE) e Selic ciclo de cortes atrapalha Copom, investimentos, guia de juros acumulados 1.65% (média dos últimos 12 meses).
A bolsa de valores teve um desempenho positivo nesta semana, registrando sua terceira alta consecutiva, mesmo diante de um cenário desafiador. Os preços das ações subiram impulsionados por fatores como a expectativa de manutenção de juros elevados e a ausência de apoio do setor de commodities. O índice refletiu a cautela dos investidores diante da aversão ao risco, influenciada pelo resultado acima do esperado da inflação medida pelo IPCA-15 e do PIB dos Estados Unidos.
No mercado financeiro, a Bovespa se destacou mesmo diante das incertezas, mostrando resiliência diante das adversidades. A oscilação nos preços das ações reflete a volatilidade do cenário econômico atual, com investidores atentos aos movimentos do índice de rendimento e às projeções de cortes de taxas. Acompanhar de perto as notícias e os indicadores do mercado de ações é essencial para tomar decisões assertivas e aproveitar as oportunidades que surgem.
Índice Ibovespa e Preços em Queda
O mercado de ações brasileiro registrou uma leve queda de 0,37% no índice Ibovespa, que encerrou o dia aos 125.954 pontos nesta quarta-feira. Apesar disso, o mês de julho ainda apresenta uma alta acumulada de 1,65%. No entanto, no acumulado do ano, as perdas chegam a 6,13%. O volume de negociações atingiu a marca de R$ 12,8 bilhões, enquanto a média dos últimos 12 meses se mantém em R$ 16,7 bilhões por pregão.
Índice de Preços ao Consumidor e Perspectiva Econômica
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) teve um aumento de 0,30% em julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado superou as expectativas, ficando acima dos 0,23% projetados pela mediana das 28 projeções de analistas consultados. Com isso, o IPCA acumula uma alta de 4,45% nos últimos 12 meses, um aumento em relação aos 4,06% registrados até junho.
Impacto da Taxa de Juros e Ciclo de Cortes
Diante desse cenário, a perspectiva de uma redução da taxa Selic no Brasil fica comprometida, como aponta Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco. A manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano é prevista para a próxima semana, após as últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que pausaram o ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado.
Desempenho Econômico nos EUA e Efeito nos Mercados
Nos Estados Unidos, o PIB registrou um crescimento de 2,8% no segundo trimestre de 2024, superando as projeções dos analistas. Esse resultado reflete a resiliência da economia americana diante do ambiente de elevadas taxas de juros. O mercado financeiro global reage às decisões do Fed, o banco central americano, influenciando as bolsas de valores ao redor do mundo.
Indicadores de Preços e Política Monetária
A divulgação do indicador de preços de consumo pessoal (PCE) nos EUA é aguardada para sexta-feira, sendo um dos principais guias para a definição da taxa de juros pelo Banco Central americano. O mercado financeiro está atento às movimentações do Fed e aos efeitos dos juros altos nos investimentos globais, refletindo em fuga de capitais e ajustes nos ativos de risco.
Variações no Mercado e Realização de Lucros
Além dos dados econômicos, a volatilidade no mercado de ações pode ser impulsionada por movimentos de realização de lucros, onde investidores aproveitam altas expressivas para vender ativos e garantir ganhos. A desvalorização do minério de ferro impacta empresas do setor de mineração, como a Vale, que divulgará seus resultados do segundo trimestre em breve. Acompanhar essas oscilações e tendências é essencial para orientar estratégias de investimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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