Chanceler brasileiro reune com embaixadores em Caracas, convocado por Maduro, para proclamar sua reeleição. Agendam nota de cobrança, publicar atas e discutir panelaços, manifestações e detalhes de votos. Revisar completamente e fornecer dados eleitorais. (149 caracteres)
O Ministério das Relações Exteriores orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira, a não comparecer a uma reunião com o atual presidente do país, Nicolás Maduro, que ocorrerá nesta segunda-feira (29). A decisão foi tomada em meio às tensões diplomáticas entre os dois países, que se intensificaram após a reeleição Maduro em 2018.
As relações entre Brasil e Venezuela têm sido conturbadas desde a reeleição Maduro, com o governo brasileiro se posicionando contra o resultado eleitoral e apoiando a oposição venezuelana. A ausência da embaixadora na reunião com Maduro reflete a postura do Brasil em relação à situação política na Venezuela, que continua gerando debates e incertezas sobre o futuro do país.
Reeleição Maduro: Reunião com Representantes de Outros Países
A informação foi apurada pela RECORD de que o presidente venezuelano convocou os representantes de outras nações para uma reunião de reconhecimento de sua reeleição. Essa convocação partiu do chanceler brasileiro, Mauro Vieira. A expectativa é que o governo brasileiro apenas reconheça o resultado eleitoral reivindicado por Maduro após a publicação das atas de votação pelo CNE, órgão responsável pelo pleito na Venezuela.
Nota de Cobrança e Publicação das Atas
O Palácio do Planalto solicitou à Venezuela a divulgação detalhada dos votos, porém, essa ação ainda não foi realizada pelo CNE. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está estudando emitir uma nota de cobrança para exigir a publicação das atas das eleições venezuelanas, que ocorreram no último domingo. Essa nota, elaborada em conjunto com Colômbia e México, será enviada ao CNE.
Manifestações e Panelaços Contra a Reeleição de Maduro
A reeleição de Maduro tem gerado protestos em diversas regiões de Caracas, com manifestantes realizando ‘panelaços’ e bloqueando ruas próximas ao Palácio Presidencial. De acordo com o CNE, Maduro recebeu 5,15 milhões de votos, o que corresponde a 51,2% do total, garantindo assim seu terceiro mandato consecutivo até 2031.
Reações Internacionais e Pedido por Transparência
Países como Argentina e Colômbia também registraram protestos contra a reeleição de Maduro, especialmente devido à falta de divulgação da contagem detalhada dos votos. Diversos líderes internacionais manifestaram a necessidade de uma revisão completa dos dados eleitorais, exigindo transparência nas atas e no processo eleitoral. A comunidade internacional, juntamente com o povo venezuelano, solicita observadores independentes para garantir a veracidade dos resultados eleitorais.
Fonte: © A10 Mais
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