As periferias e seus moradores sofrem preconceitos semelhantes ao desdém devotado a Nazaré, onde Jesus nasceu, na favela e até na Cracolândia, entre o povo pobre de Nazaré, uma inequívoca demonstração do lado de quem Jesus estaria, série da Visão do Corre, obra do canadense Timothy Schmalz, entre pessoas em situação de rua, Jesus Cristo como morador de rua, mundo rejeitado da época, periferia das grandes cidades, sim, são pessoas de magia, são considerados uma maldição, pessoas de quem ninguém poderia se aproximar, O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boa-novas aos pobres, fazer liberdade aos presos, recuperação da vista aos cegos, pessoas de magia heréticos, libertar os oprimidos, pregar boa-novas aos pobres, deixar corromper pelo mundo, cuidar dos órfãos e das viúvas, cuidar dos órfãos e das viúvas, cuidar dos órfãos e das viúvas.
Na terra de Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, ele nasceu entre o povo humilde de Nazaré, demonstrando sua identificação com os órfãos e viúvas. Sua presença perpassa as gerações e, mesmo em tempos de hoje, ele ainda é visto entre os pobres e em situações de periferia. No Brasil, ele poderia ser encontrado em qualquer lugar, mas sua conexão com os mais desafortunados é notória.
Uma série do Visão do Corre, intitulada “Jesus no Brasil”, trouxe à tona a vida de um cego que percorreu as ruas de São Paulo em busca de ajuda. Suas histórias remetem a _palavras de Jesus sobre a justiça social e a importância de ajudar os heréticos_, demonstrando que, mesmo em meio à adversidade, sua mensagem de amor e compaixão ainda é relevante. Ele ainda é visto como o salvador dos mais vulneráveis, tendo seu nome mencionado em conversas otimistas sobre mudanças sociais.
Jesus: uma maldição, mas também uma promessa
Nascente do cristianismo, Jesus é frequentemente associado à periferia, onde vivem os pobres e os heréticos. A obra do canadense Timothy Schmalz, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, retrata Jesus como morador de rua, reforçando essa visão. Para o padre Júlio Lancellotti, Jesus nasceria na Cracolândia, periferia das grandes cidades, sendo um dos primeiros a saberem do filho de Maria os pobres de Nazaré. Eles são considerados uma maldição, pessoas de magia, heréticos, mas são eles que vêm à procura de Jesus, rejeitado na época.
Um mundo rejeitado
Jesus nasceu na Cisjordânia, no mundo palestino, que era o mundo rejeitado da época. Segundo o padre Júlio Lancellotti, se fosse usar o paralelismo concreto, material, geográfico, ele nasceria na periferia das grandes cidades. E assim, a periferia da Cracolândia se torna um ponto de partida para entender a vida de Jesus. Os primeiros a saberem do filho de Maria são os pobres de Nazaré, que são considerados uma maldição, pessoas de magia, heréticos, mas também são eles que vêm à procura de Jesus, rejeitado na época.
Uma maldição, mas com uma promessa
A Bíblia descreve Jesus como alguém que nasceu em uma época e lugar de grande sofrimento. As palavras de Jesus, contidas no Evangelho de Lucas, ressoam como uma promessa para aqueles que vivem nas periferias. Ele fala em pregar boas-novas aos pobres, em libertar os oprimidos e cuidar dos órfãos e das viúvas. Segundo o pastor Leandro Rodrigues, Jesus certamente nasceria em um hospital público, em condições precárias, para depois ser criado de forma igualmente precária na periferia, onde seus milagres se manifestariam de maneira surpreendente.
Um herói em uma época de opressão
Para André Chevitarese, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jesus seria como muitos camponeses simples, paupérrimos, anônimos. Do ponto de vista histórico, estaria querendo transformar a realidade. Por trás da narrativa mítica do nascimento de Jesus se esconde um vocabulário político de violenta resistência aos impérios, principalmente o romano, lá atrás, ou o americano, hoje em dia. A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.
Jesus, um morador de rua
O frei David Santos, franciscano, fundador do pré-vestibular Educafro, diz que há muitas cobranças de impostos e uma população vilipendiada, muito pobre. Os sacerdotes, que deveriam proteger e trazer dignidade ao povo, estavam colaborando com os donos do poder. Ele cita três favelas onde Jesus nasceria no Brasil: Ceilândia, no Distrito Federal; Rocinha, no Rio de Janeiro; e Paraisópolis, em São Paulo. Se ele nascesse em uma delas, com certeza teria sido espancado, torturado e, talvez, condenado sem o devido processo legal, como diz o advogado.
Fonte: @ Terra
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