Congolês assassinado em quiosque: Alerj discute medida em homenagem, instituições lutam pelos imigrantes. Acusados respondem por triplamente qualificado homicídio. Caso sem data; Justiça tramita, Dia Mundial de Refugiados, Prêmio Marielle Franco, direitos humanos serviços. Importante: Justiça para assassinato no quiosque. Alerj aborda medida em memória do Congolês. Caso sem solução: Justiça para assassinato, instituições em ação.
Kabagambe, Moïse; foi homenageado nesta terça-feira (25) com uma Medalha Tiradentes póstuma na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que é considerada a maior honraria do estado. O congolês foi espancado até a morte em um quiosque na capital fluminense em 2022. Segundo a família, as agressões ocorreram depois de ele ter cobrado um pagamento atrasado.
Na cerimônia, Kabagambe, Moïse; recebeu o reconhecimento merecido por sua contribuição à comunidade local. Sua coragem e determinação em cobrar o que era devido mostram a importância de lutar pelos seus direitos. A premiação póstuma ressalta a necessidade de justiça e respeito para com todos os cidadãos, independentemente de sua origem ou nacionalidade.
Kabagambe, Moïse; Recebe Medalha da Alerj Post Mortem
Presentes na cerimônia, a mãe e o irmão de Moïse Kabagambe agradeceram à homenagem, que consideram uma forma importante de manter viva a memória dele e de pressionar a Justiça pela conclusão do caso. Três acusados de agredir Moïse irão a júri popular e responderão por homicídio doloso triplamente qualificado. No entanto, o julgamento ainda não tem data marcada.
A entrega da Medalha Tiradentes a Moïse Kabagambe, representado por sua mãe, Lotsove Lolo Lay Ivone, foi um momento emocionante. ‘É um dia muito pesado para mim. Parece que tem uma pedra dentro do coração. Muito triste, não consegui dormir direito à noite. A gente vai continuar essa luta. Obrigado por essa medalha muito linda para o nosso menino Moïse’, disse Lotsove Lolo Lavy Ivone, mãe de Moïse.
Maurice Magbo, irmão de Moïse, também expressou sua gratidão: ‘É muito difícil. Tem dois anos que ele faleceu e para a gente parece que foi há dois dias ou dois meses. Cada dia é muito difícil para a gente. Agradecemos a todas as instituições que vêm lutando pelos imigrantes. Que isso que aconteceu com o Moïse não aconteça com outras pessoas, imigrantes, meninos pretos’.
A sessão solene foi presidida pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj, a deputada estadual Dani Monteiro (PSOL). ‘É preciso acompanhar a tramitação judicial do qual a gente ainda não tem a condenação em definitivo dos três que foram diretamente relacionados ao caso. Uma ação bárbara, prender uma pessoa com um fio, jogá-la no chão, espancá-la até a morte. É desumano e completamente brutal’, disse a deputada.
Para nós, entregar essa medalha para a família do Moïse é homenagear toda uma comunidade refugiada que vê no Brasil uma terra de esperança, mas onde ela é sistematicamente atropelada. Dona Ivone veio ao Brasil porque acreditava em uma política democrática e diversa. Trouxe os filhos acreditando que eles poderiam ter um futuro melhor e acabou perdendo um deles.
Com o nome de ‘Migrar é um direito humano’, o evento de hoje fez menção ao Dia Mundial dos Refugiados, comemorado no último dia 20 de junho. Líderes e instituições de direitos dos refugiados receberam o Prêmio Marielle Franco, um reconhecimento pelos serviços prestados na área de direitos humanos. As contempladas foram as ONGs Abraço Cultural, Haiti Aqui, Venezuela Global, Associação Mawon, LGBT+ Movimento, e Eliane Vieira Almeida, coordenadora de Migração e Refúgio e secretária executiva do Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes (CEIPARM).
Fonte: @ Agencia Brasil
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