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No debate sobre criminalizar ou não mulheres que realizam a interrupção da gravidez após 22 semanas, mesmo nas situações em que o Código Penal não considera crime, a opinião da maioria da população prevaleceu.
É importante discutir a questão do aborto com sensibilidade e empatia, considerando os diversos aspectos envolvidos nesse tema delicado.
Debate sobre a Interrupção da Gravidez após 22 Semanas
E surgiram ensinamentos de que as lacunas na política podem ser eventualmente preenchidas pela sociedade. Dados levantados pela AtlasIntel para o programa GPS CNN revelam que o tema realmente despertou a opinião pública: 9 em cada 10 brasileiros tomaram conhecimento do PL 1904/2024, cuja urgência foi aprovada em questão de segundos pela Câmara dos Deputados, mas agora se tornou objeto de discussão ao longo do segundo semestre, conforme anunciado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Não se tratou apenas de uma batalha de narrativas nas redes sociais, mas sim do início de uma reação contrária ao protesto, como indicam pesquisas realizadas por empresas como Quaest e Palver em plataformas abertas e aplicativos de mensagens. De fato, o projeto de lei foi tema de debate na Praça da Sé, nas praias do Norte ao Sul, envolvendo homens e mulheres, ricos e pobres, religiosos e agnósticos ou ateus.
Leia mais Atlas/CNN: 71% são contra equiparação do aborto após 22 semanas a homicídio. Moraes cobra PF, PGR e governo de SP sobre suposta ameaça a Ronnie Lessa em Tremembé. Índice CNN: Pesquisadora analisa influência evangélica nas eleições municipais.
E prevaleceu a opinião de que uma gestante que decide interromper a gravidez após 22 semanas não deve ser rotulada como assassina: 71% concordaram com essa visão, com a maioria dessas pessoas adotando esse posicionamento em casos de estupro ou risco à vida da mãe (39,9%), em comparação com aqueles que mantêm essa visão em qualquer circunstância (30,9%). De acordo com os dados da pesquisa Atlas/CNN, 29% consideram o aborto após a 22ª semana como um ato equivalente a homicídio.
Com a alta conscientização sobre o debate, é possível inferir que as respostas são bastante firmes – poucos entrevistados haviam discutido o assunto anteriormente em seus círculos sociais. Provavelmente, uma parcela significativa da população foi informada sobre o risco enfrentado por meninas de 10 a 14 anos de idade que podem ser vítimas de estupro e precisar recorrer ao direito ao aborto legal.
Quem apoia a criminalização do aborto em todas as circunstâncias? É crucial examinar quais segmentos apoiam majoritariamente a proposta defendida por alguns deputados evangélicos – nem todos expressaram apoio público ao projeto, e o novo coordenador da frente parlamentar desse segmento, Silas Câmara (Republicanos-AM), afirmou à analista política Jussara Soares que a discussão está ‘de volta à estaca zero’.
Entre os evangélicos, a adesão à criminalização do aborto após 22 semanas atinge 57,7%, um número praticamente idêntico ao observado entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno (58,5%) ou no segundo turno (57,6%). O apoio à punição da mãe que decide abortar, mesmo em casos de estupro, diminui à medida que a idade, a escolaridade e a renda avançam.
Como era de se esperar, há uma maior resistência ao PL entre as mulheres, que são mais diretamente impactadas pela proposta, do que entre os homens (27,5% delas concordam com a equiparação ao homicídio em qualquer circunstância, em comparação com 30,6% deles). Este episódio ilustra o quão complexo pode ser avançar em questões de costumes, mesmo em um momento de intenso debate público.
Fonte: @ CNN Brasil
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