Patrimônio bancário cresceu 21,9% no 1º trimestre, superior a 21,2% no 4º trimestre e 20,7% em 1º de 2023. Margem gerencial: receitas de serviços bancários vs. tarifas, despesas operacionais, seguros e provisões devedores. Retorno sobre patrimônio: receitas com taxas de juros, calotes de pessoas físicas contra custos de crédito, inadimplência pessoas físicas, índice de cobertura.
O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 9,771 bilhões no início do ano, apresentando um aumento de 3,9% em relação ao trimestre anterior e um salto de 15,8% em um ano. Esse excelente desempenho financeiro superou as expectativas dos especialistas consultados pelo Valor, que previam um lucro de R$ 9,700 bilhões.
Além disso, esse lucro expressivo demonstra a solidez e eficiência das operações do Itaú Unibanco, contribuindo significativamente para o seu rendimento geral no mercado financeiro, bem como para os benefícios gerados aos seus acionistas e colaboradores. A busca incessante por inovação e aprimoramento nas estratégias de investimento refletem diretamente nos resultados positivos alcançados pela instituição.
Itaú registra lucro contábil de R$ 9,583 bilhões no primeiro trimestre
O banco obteve uma margem gerencial financeira de R$ 26,880 bilhões nos primeiros três meses do ano. Houve uma leve queda de 0,9% em comparação com o trimestre anterior, porém um aumento considerável de 8,9% em relação ao mesmo período de 2023. As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 10,852 bilhões, com uma queda de 3,1% no trimestre, mas um crescimento de 4,9% em 12 meses. Já as receitas com seguros alcançaram R$ 2,620 bilhões, marcando uma redução de 1,3% e um aumento de 8,7% na mesma base de comparação.
Por outro lado, as despesas operacionais totalizaram R$ 14,386 bilhões, registrando uma queda de 6,2% no trimestre e um aumento de 4,3% em 12 meses. O retorno sobre o patrimônio (ROE) do Itaú atingiu 21,9% no primeiro trimestre, superando os 21,2% do quarto trimestre anterior e os 20,7% do mesmo período do ano passado.
Análise das despesas e provisões do Itaú
No primeiro trimestre, o custo do crédito do banco foi de R$ 8,793 bilhões, marcando uma redução de 3,9% no trimestre e 3,2% em 12 meses. Este valor inclui despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) de R$ 9,131 bilhões, menos as recuperações de créditos baixados a prejuízo, totalizando R$ 1,092 bilhão.
Adicionalmente, foram contabilizados R$ 128 milhões em impairment e R$ 626 milhões em descontos concedidos. A diminuição da PDD no trimestre é explicada principalmente pelos negócios no segmento de atacado no Brasil, onde houve menor necessidade de provisionamento. Nas operações de varejo no Brasil e na América Latina, as despesas com PDD se mantiveram estáveis.
Indicadores de inadimplência e cobertura do Itaú
A inadimplência do Itaú fechou março em 2,7% na carteira de crédito, reduzindo em relação aos 2,8% de dezembro e 2,9% de março do ano anterior. A taxa de calotes de pessoa física no Brasil ficou em 4,2% no final de março, em comparação com os 4,4% de dezembro e os 4,9% do primeiro trimestre de 2023. Em relação a grandes empresas, a inadimplência foi de 0,1%, mantendo-se estável nas comparações mencionadas.
Para micro, pequenas e médias empresas, a inadimplência atingiu 2,6%, em linha com os trimestres anteriores. Nas operações em outros países da América Latina, o índice foi de 1,4%. A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) fechou março em 2,4%, representando aumento em relação ao trimestre anterior. No entanto, a inadimplência de pessoa física no Brasil subiu para 3,3%. O índice de cobertura do banco fechou em 221%.
Carteira de crédito do Itaú
O Itaú encerrou março com R$ 1,185 trilhão na carteira de crédito expandida, mostrando um aumento de 0,7% no trimestre e 2,8% em relação a março do ano anterior. A carteira de pessoa física no Brasil totalizou R$ 413 bilhões, com queda de 0,6% no trimestre e elevação de 2,6% em 12 meses.
Na pessoa jurídica, o saldo atingiu R$ 306,9 bilhões, aumentando 1,0% no trimestre e 2,7% em 12 meses. Já nas operações na América Latina, o valor foi de R$ 181,9 bilhões, com quedas de 0,6% e 1,2%. Além disso, o banco possui R$ 105,6 bilhões em garantias financeiras e R$ 177,4 bilhões em…
Fonte: @ Valor Invest Globo
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