Presidente visitou entrega de moradias populares no Rio, interrompidos programas sociais e obras públicas durante um conturbado período. Governo esqueceu fazer povo promessas: obras públicas interrompidas (6 mil), paralisadas (quase 3 mil). Saúde abandonada: 23 mil médicos esperam, enquanto 12.5 mil estão, 26.5 mil precisam trabalhar.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou sua preocupação neste domingo (30) com a paralisação de programas sociais e obras públicas em administrações passadas.
Lula enfatizou a importância de manter o andamento dessas iniciativas para garantir o bem-estar da população e o desenvolvimento do país; destacando que a interrupção desses projetos pode impactar negativamente a vida dos cidadãos e o progresso da nação.
Interrupção de programas sociais e obras públicas
Durante a participação na cerimônia de entrega de moradias populares de um programa habitacional da prefeitura do Rio de Janeiro, Lula fez questão de relembrar a criação do Minha Casa, Minha Vida em 2009 e como encerrou seu segundo mandato (2010) com 1 milhão de pessoas inscritas. O presidente destacou a importância do programa ao afirmar que já foram construídas 7,8 milhões de casas, ressaltando o impacto positivo na vida de milhares de famílias.
Em um discurso marcado por críticas à condução de programas sociais em governos anteriores, Lula lamentou o período conturbado em que o país enfrentou, onde o governo esqueceu de priorizar as necessidades do povo e optou por disseminar mentiras. O presidente revelou ter encontrado 87 mil casas abandonadas, iniciadas entre os anos de 2011 e 2013, evidenciando a negligência em projetos habitacionais.
Ao retomar o terceiro mandato, Lula se deparou com uma série de obras públicas interrompidas, incluindo quase 6 mil escolas paralisadas e quase 3 mil projetos na área da saúde. Ele enfatizou a importância de governar com ações concretas, destacando que o país foi abandonado devido à falta de comprometimento com o bem-estar da população.
Além disso, o presidente criticou a redução drástica no número de profissionais do programa Mais Médicos, mencionando que o país chegou a contar com 23 mil médicos, número que caiu para 12,5 mil e atualmente alcança 26,5 mil médicos. Lula ressaltou a importância de priorizar a saúde e o atendimento à população mais vulnerável.
Em um tom de descontentamento, o presidente lamentou a falta de respeito do governo em relação à entrega de moradias populares, citando o caso de Fortaleza, onde unidades habitacionais deveriam ter sido entregues em 2018. Ele reforçou a necessidade de priorizar as necessidades do povo e garantir que projetos habitacionais sejam concluídos de forma eficiente e transparente.
Impacto das interrupções em programas sociais e obras públicas
Durante a entrega de apartamentos populares do programa Morar Carioca, Lula destacou a importância de garantir moradias dignas para a população mais carente. Os primeiros 16 dos 704 apartamentos foram entregues neste domingo, marcando o início de um projeto que beneficiará cerca de 4 mil pessoas até 2026.
Localizado na comunidade do Aço, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, o conjunto habitacional representa um marco na transformação de uma favela criada na década de 1960. O prefeito Eduardo Paes explicou que, à medida que as famílias forem realocadas, as antigas moradias serão substituídas por novos prédios, representando um investimento total de R$ 243 milhões.
Lula aproveitou a ocasião para criticar projetos habitacionais que não atendem às necessidades básicas das famílias, como a falta de varandas e espaços para refeições. O presidente enfatizou a importância de combater o preconceito e garantir que as pessoas mais humildes tenham acesso a moradias dignas e adequadas às suas necessidades.
Fonte: @ Agencia Brasil
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