Reunião de seções democráticas à margem da ONU reúne centenas com casos de violência e intolerância no Brasil e movimentos similares de extrema-direita.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está buscando formas de combater a ascensão da extrema-direita à nível global. Em busca de alternativas, Lula planeja reunir líderes mundiais durante um evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, em Nova York, visando discutir estratégias para conter o avanço da extrema-direita.
A preocupação com o avanço dos movimentos de extrema-direita tem motivado líderes mundiais a buscarem ações conjuntas para impedir a disseminação dessas ideologias. É fundamental unir esforços e criar mecanismos para contrapor o crescimento da extrema-direita em diferentes países, promovendo assim valores de democracia e igualdade em todo o mundo. A união e colaboração entre nações podem ser essenciais para frear o avanço da extrema-direita e garantir um futuro de respeito e tolerância entre as diferentes sociedades.
Reflexões de Lula sobre os Movimentos de Extrema-direita
‘Nós estamos vivendo um novo período, onde os setores de esquerda, os setores progressistas, os setores democráticos têm que se organizar e se preparar’, afirmou Lula em um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto. O ex-presidente destacou a importância da união desses setores em meio ao crescimento da extrema-direita.
Durante o café da manhã, Lula mencionou casos de violência e intolerância no Brasil, ressaltando o ódio presente na sociedade, algo que antes não era tão comum. Ele comparou essa situação com movimentos semelhantes em outros países, como na Europa e nos Estados Unidos, onde a invasão ao Capitólio resultou na prisão de centenas de pessoas.
Ao abordar a importância da preservação da democracia, Lula enfatizou a necessidade de instituições fortes para garantir o equilíbrio democrático. Ele lamentou a mudança de cenário nos Estados Unidos, que antes era visto como modelo de democracia e respeito às instituições.
O ex-presidente lembrou que, décadas atrás, a América do Sul era dominada por governos de esquerda comprometidos com a justiça social. No entanto, o avanço do conhecimento da extrema-direita e o crescimento de práticas xenófobas e racistas resultaram em um retrocesso na região, com um destaque especial para o Brasil.
Desafios e Perspectivas
Diante desse cenário, Lula expressou sua preocupação com a ascensão da extrema-direita e a necessidade de enfrentar esses movimentos através de discussões políticas fundamentais. Ele ressaltou que, de acordo com informações que recebe, é considerado persona non grata pela extrema-direita em todo o mundo.
O ex-presidente destacou a importância das relações diplomáticas do Brasil para promover um debate sobre esses temas e fortalecer a democracia. Ele apontou para a expectativa internacional em relação ao país e a importância simbólica de seu retorno ao cenário político brasileiro.
Lula também abordou as relações do Brasil com países sul-americanos, como a Argentina, onde o presidente da extrema-direita Javier Milei levantou preocupações durante a campanha eleitoral. Apesar das diferenças, é crucial manter o diálogo e a cooperação entre as nações para enfrentar os desafios representados por movimentos de extrema-direita em todo o continente.
Fonte: @ Agencia Brasil
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