Presidente da República afirmou que a autarquia queria sua independência e o presidente do BC, indicado pelo chefe de estado, determina Copom’s interest rate policy, independent of meta-inflation. Responsibility lies with the person indicated by the president of the BC; the public values this independence. (148 caracteres)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou sua posição contrária à autonomia do Banco Central em uma entrevista realizada nesta segunda-feira (1º). Durante o programa de rádio na Bahia, Lula destacou que o chefe do BC deve ser nomeado pelo presidente da República, argumentando que não é apropriado ter alguém no controle da instituição que não esteja alinhado com os interesses nacionais.
Em contrapartida, o debate sobre a independência do Banco Central continua a ganhar destaque entre os líderes políticos e econômicos do país. A discussão sobre a melhor forma de garantir a estabilidade financeira e a eficácia das políticas monetárias permanece em pauta, levantando questões sobre a necessidade de uma atuação mais autônoma da instituição em relação ao governo central.
Autonomia do Banco Central: um tema em destaque
A importância da autonomia do Banco Central é frequentemente ressaltada pelo mercado, que integra o Copom, responsável por determinar a meta de inflação e a política de juros. Em uma entrevista à Rádio Princesa, Lula destacou a relevância da independência do BC, mencionando sua experiência com Henrique Meirelles, que atuou como presidente do BC em seu governo, desfrutando de total liberdade para realizar os ajustes necessários.
Lula enfatizou a necessidade de alinhamento entre as ações do BC e os anseios da população, criticando a taxa Selic em 10,5% como excessiva. A responsabilidade, segundo ele, é um valor inegociável, valorizado pela sociedade. O ex-presidente também expressou descontentamento com a permanência de Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro, no comando do BC, sem mencionar o nome do atual presidente.
O debate sobre a indicação do presidente do BC pelo chefe de Estado foi abordado por Lula, que questionou a falta de alinhamento entre o eleito e o indicado. Ele defendeu a necessidade de um presidente do BC que compreenda a realidade do país, não se limitando à visão do mercado financeiro. A busca por uma inflação baixa foi descrita como uma obsessão, fundamentada na crença de que isso proporciona maior poder de compra aos trabalhadores.
Para Lula, a manutenção da inflação sob controle não é apenas uma questão de governo, mas uma convicção pessoal. Ele enfatizou a importância de uma gestão financeira eficiente, que proporcione recursos para investimentos. A preocupação com o bem-estar econômico do país permeou suas declarações, refletindo sua visão de um Brasil com estabilidade e crescimento sustentável.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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