Encontros em São Gabriel (AM), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP) sobre criação de Universidade Indígena. Debates série, Escuta com povos, GT, políticas públicas, consulta, participação, construção. Instituições educacionais. (Max. 147 caracteres)
O Ministério da Educação (MEC) – por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) – promoveu, recentemente, uma série de encontros para discutir a criação da Universidade Indígena. Os debates reuniram estudantes, docentes e representantes de comunidades indígenas em busca de iniciativas educacionais mais inclusivas e diversificadas.
Além da proposta da Universidade Indígena, os participantes também debateram sobre a importância das Instituições de ensino superior multicampi e polos para fortalecer a educação indígena no Brasil. A diversidade de ideias e a colaboração entre diferentes atores são fundamentais para o desenvolvimento de um ensino mais plural e representativo em nosso país.
Universidade Indígena: Série de Debates e Escuta com Povos Indígenas
Os encontros recentes tiveram lugar nas cidades de São Gabriel da Cachoeira (AM), em 29 de julho; em Belo Horizonte (MG), em 1° de agosto; e em São Paulo (SP), em 2 de agosto. A proposta dos seminários é promover uma escuta ativa com os povos originários do Brasil sobre a criação de uma instituição de ensino superior, bem como reunir subsídios para assegurar a implementação de uma Universidade Indígena autêntica. Esta iniciativa integra as atividades do Grupo de Trabalho (GT), estabelecido por meio da Portaria n° 350/2024.
Universidade Indígena: Participação em Toda Etapa da Construção do Projeto
Os seminários foram realizados em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). Segundo a Funai, o Brasil abriga atualmente 305 povos indígenas, sendo a inclusão da educação indígena nas políticas públicas brasileiras uma reivindicação histórica desses povos. Os seminários em questão foram o sétimo, o oitavo e o nono encontros de uma série de debates que o Ministério da Educação (MEC) conduzirá ao longo de aproximadamente dois meses, com o intuito de ouvir os povos originários. No total, o MEC passará por 12 estados brasileiros para consultar essa parcela da população.
Universidade Indígena: Consulta para Criação e Participação Ativa
O primeiro encontro ocorreu em 5 de julho, em Salvador (BA); o segundo, em Campo Grande (MT), em 11 de julho; o terceiro, em Recife (PE), em 15 de julho; o quarto, em Fortaleza (CE), em 16 de julho; o quinto, em Manaus (AM), em 22 de julho; e o sexto, em Tabatinga, em 25 de julho. O próximo encontro está agendado para Cuiabá (MT), em 8 de agosto, e contará com a presença de representantes de diversas instituições e dos povos indígenas do estado.
Universidade Indígena: Construção do Projeto e Instituições Educacionais
A criação de universidades indígenas e outras instituições de ensino superior (multicampi ou polos) é uma antiga demanda dos povos originários. Por meio dessas instituições, eles teriam garantia de autonomia e de recursos para sua consulta e participação em todas as etapas do processo de construção do projeto, com destaque para a presença dos indígenas em sua estrutura institucional. Essa reivindicação foi apresentada nas Conferências Nacionais de Educação Escolar Indígena (Coneei) I e II, realizadas em 2009 e 2018, respectivamente. Essas conferências representam as instâncias máximas de consulta aos representantes dos povos indígenas e de espaço para proposições de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade da educação escolar indígena em todas as esferas governamentais.
Fonte: © MEC GOV.br
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