Presidente do BNDES se uniu ao lançamento do BNDES Corais, mas não falou com jornalistas no evento.
Em meio às recentes notícias sobre possíveis mudanças na presidência da Petrobras, o nome de Mercadante voltou a ser mencionado como uma opção para o cargo. Atualmente presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante preferiu não se pronunciar sobre o assunto durante uma entrevista nesta semana.
As especulações em torno da possível indicação de Aloizio Mercadante para a presidência da Petrobras continuam a ganhar destaque nos bastidores políticos. A experiência e habilidade de Mercadante são consideradas pontos fortes para assumir um cargo de tamanha importância no cenário econômico nacional. A decisão sobre quem irá ocupar o cargo, no lugar de Jean Paul Prates, deve ser anunciada em breve.
Ocupando os holofotes: Aloizio Mercadante e sua movimentada agenda
Mercadante marcou presença no lançamento da chamada pública para o projeto BNDES Corais, sede do banco no Rio de Janeiro. No entanto, o presidente do BNDES preferiu não conceder entrevistas, alegando a necessidade de participar de uma reunião do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo e que atualmente tem o Brasil como presidente temporário.
Demonstrando habilidade para lidar com a imprensa, Aloizio Mercadante recusou-se a comentar outros assuntos diante da insistência dos jornalistas. ‘Não adianta insistir em outras pautas porque eu não vou entrar. Vão perder tempo e perder a fala dela [Tereza Campello, diretora de sustentabilidade do BNDES], que é mais importante’, declarou o presidente do BNDES, antes de deixar o evento mais cedo.
A situação se intensificou quando, por volta das 10h37, a equipe do banco impediu a saída dos repórteres da sala, evitando assim que abordassem Mercadante nos corredores. Enquanto isso, a agenda pública da diretoria do BNDES indicava apenas uma reunião às 12h com Richard Attias, presidente da FII Institute.
Rumores sobre a possível ida de Mercadante para a Petrobras começaram a circular com mais força, especialmente diante do desgaste da gestão de Prates na companhia petrolífera. Relatos indicam que o presidente do BNDES mencionou a interlocutores a incerteza sobre sua permanência no cargo, ressaltando que a decisão final caberia a Luiz Inácio Lula da Silva.
A possível ascensão de Aloizio Mercadante para a presidência da estatal foi cogitada, assim como a hipótese de assumir a presidência do conselho de administração da Petrobras. Essas especulações geraram controvérsias, incluindo declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que desmentiu os rumores sobre a saída de Prates como meras especulações.
Em meio a esse cenário político-econômico, as relações conturbadas entre Prates e Silveira desde o início do governo foram evidenciadas, principalmente após Mercadante expor divergências com o presidente da Petrobras em uma entrevista à imprensa. No entanto, o ministro adotou um tom mais ameno nas críticas ao executivo, tentando amenizar possíveis atritos no ambiente corporativo.
As movimentações de Aloizio Mercadante continuam a atrair a atenção dos observadores atentos ao xadrez político e empresarial brasileiro, enquanto seu futuro no cenário da Petrobras permanece incerto.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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