Em junho, primeira morte de bebê de 6 meses por coqueluche em 3 anos. Grávidas: protecta-se, crianças pequenas: distância social. Mutações da bactéria Bordetella pertussis: picos, uso de máscaras, eventos de cobertura, vacinal infantil. Quinzena de junho: prevalência record, medidas de proteção.
A secretária da Saúde, Mariana Silva, destacou hoje a importância de imunizar gestantes e crianças contra a coqueluche. A recomendação foi feita após a notícia do falecimento de um bebê de 6 meses, em Salvador, na Bahia, na última sexta-feira (26). Este é o primeiro caso fatal de coqueluche no Brasil em dois anos.
A tosse prolongada é um dos sintomas característicos dessa doença respiratória infecciosa e altamente contágiosa. Por isso, é fundamental seguir as orientações de vacinação para proteger não apenas os grupos de risco, mas toda a população. A prevenção é a melhor forma de evitar a propagação da coqueluche e garantir a saúde de todos.
Coqueluche: uma doença respiratória infecciosa altamente contagiosa
A coqueluche, também conhecida como tosse prolongada, é uma doença respiratória infecciosa altamente contagiosa que tem preocupado autoridades de saúde em todo o mundo. A ministra Nísia Trindade lamentou a morte de um bebê no Paraná, ressaltando a importância da vacinação como medida preventiva.
A doença, causada pela bactéria Bordetella pertussis, pode ser fatal, especialmente em crianças pequenas. Até a primeira quinzena de junho, o estado do Paraná registrou 24 casos de coqueluche, um aumento em relação ao ano anterior. No Brasil, o último pico epidêmico ocorreu em 2014, com 8.614 casos confirmados.
A transmissão da coqueluche ocorre principalmente pelo contato direto com pessoas não vacinadas, através de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. Os sintomas incluem febre, mal-estar, coriza e tosse seca, podendo ser mais intensa em crianças pequenas. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, destaca a gravidade da doença em bebês no primeiro ano de vida, ressaltando a importância da vacinação completa.
As ondas de picos de prevalência da coqueluche costumam ocorrer a cada cinco a sete anos, mas o período tem sido mais espaçado devido às medidas de distanciamento social e uso de máscaras durante a pandemia de covid-19. No entanto, o aumento recente de casos é atribuído à cobertura vacinal infantil não ideal e às mutações na cepa da bactéria causadora da doença.
As vacinas contra a coqueluche fazem parte do Programa Nacional de Imunizações, com doses recomendadas para bebês, gestantes e puérperas. O esquema vacinal primário inclui três doses da vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses, seguidas de doses de reforço com a vacina DTP. A prevenção é fundamental para evitar novos casos e proteger a população vulnerável.
Fonte: @ Agencia Brasil
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