Christianne de Figueiredo Neves Machiavelli, jornalista e assessora de imprensa da Justiça Federal em Curitiba e do juiz Sergio Moro, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
A morte da jornalista Christianne de Figueiredo Neves Machiavelli, que atuou como assessora de imprensa da Justiça Federal em Curitiba e do então juiz Sergio Moro entre 2012 e 2018, foi registrada no último dia 2, quando ela completou 50 anos de vida. Moro foi um dos principais nomes envolvidos em sua carreira profissional.
Christianne de Figueiredo Neves Machiavelli teve uma carreira marcada por sua atuação ao lado de Sergio Moro, que na época era juiz federal. Sua experiência e habilidades como assessora de imprensa foram fundamentais para a comunicação eficaz da Justiça Federal em Curitiba durante aquele período. A perda de uma profissional talentosa como Christianne é sentida por todos que a conheceram.
Uma Carreira Marcada pela Ética e Crítica
Machiavelli, uma jornalista paranaense, formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), iniciou sua carreira em 1997 na indústria de lápis Labra. Ela passou por várias empresas e instituições, incluindo a TV Cidade, afiliada da Band em Sinop (MT), as Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat, hoje Energisa Mato Grosso), o Jornal Diário Regional e a Prefeitura de Sinop (MT). Além disso, ela ajudou a criar o primeiro curso de jornalismo da cidade mato-grossense e o núcleo local do Sindicato dos Jornalistas.
Após deixar a assessoria de Moro, juiz Sergio, Machiavelli abriu sua própria agência de comunicação voltada para clientes da área jurídica. Ela ainda atuou como analista de comunicação no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e no Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren). Na Justiça Federal paranaense, a assessora trabalhou sozinha no departamento de comunicação da ‘lava jato’, uma operação que teve grande impacto na política brasileira.
Crítica à Imprensa e à ‘Lava Jato’
Em entrevista ao site The Intercept Brasil em 2018, pouco tempo após pedir demissão, Machiavelli ponderou que a imprensa e os jornalistas ‘não pensavam direito’ antes de publicar sobre as investigações da força-tarefa. Ela enfatizou que a responsabilidade da imprensa é tão importante quanto a da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça. ‘Talvez tenha faltado crítica da imprensa. Era tudo divulgado do jeito como era citado pelos órgãos da operação. A imprensa comprava tudo’, disse, à época. Essa crítica reflete a preocupação de Machiavelli com a ética jornalística e a necessidade de uma imprensa mais crítica e independente.
Fonte: © Conjur
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