Crise de vendas no terceiro trimestre leva novo CEO a reduzir previsão de crescimento orgânico em 2024 e promover reestruturação para resolver problemas de tecnologia e aumentar receita bruta e valor de mercado.
Após dois meses no comando da Nestlé, o novo CEO, Laurent Freixe, enfrentou um desafio significativo ao anunciar os resultados do terceiro trimestre, que não foram nada animadores. A multinacional de alimentos, que vem sofrendo com uma crise de vendas ao longo do ano, viu sua cotação de ações ser afetada negativamente. Nesse cenário desafiador, Freixe aproveitou a oportunidade para tranquilizar os investidores e garantir que a Nestlé não está quebrada.
Como parte de seu plano para reverter a situação, Freixe anunciou uma série de mudanças organizacionais que visam impulsionar a empresa. A Nestlé, um gigante do setor de alimentos, precisa se adaptar às novas tendências e preferências dos consumidores para recuperar sua posição de liderança. Com essas mudanças, a empresa busca se tornar mais ágil e inovadora, capaz de competir de forma eficaz no mercado global. A inovação é a chave para o sucesso, e a Nestlé está comprometida em investir em pesquisas e desenvolvimento para criar produtos mais atraentes e saudáveis.
A Crise da Nestlé: Um Gigante de Alimentos em Dificuldades
A multinacional suíça Nestlé, líder no mercado de alimentos, enfrenta uma das maiores crises de sua história de 158 anos. No terceiro trimestre de 2024, a empresa reportou um crescimento orgânico nas vendas de apenas 1,9%, bem abaixo dos 3,3% previstos pelos analistas. Esse resultado afetou as ações da Nestlé, que abriram em queda de 2% no mercado europeu, mas recuperaram-se no fim do dia para um aumento de 2,7%.
No acumulado deste ano, a Nestlé registrou um recuo de 15% em suas ações, sendo 8% desde que o novo CEO, Freixe, assumiu a empresa em agosto. Freixe, que está na Nestlé desde 1986 e liderava a operação na América Latina, afirmou que a empresa ‘não está quebrada, está em pleno funcionamento e garantiremos que todo nosso potencial seja realizado daqui para frente’.
A receita bruta da Nestlé recuou 1,5% no ano passado, para US$ 105,5 bilhões, ante US$ 107,1 bilhões no ano anterior. Além disso, a empresa enfrentou problemas de tecnologia e um escândalo de purificação de água na França, que levaram à queda do antigo CEO. A Nestlé tem um valor de mercado de US$ 260,73 bilhões (225,63 bilhões de francos suíços) e lidera a lista das maiores companhias alimentícias do mundo.
Um Novo Ciclo para a Nestlé
Freixe afirmou que a Nestlé vai iniciar um novo ciclo e que a percepção dos consumidores em todos os lugares, especialmente nos Estados Unidos, é que os preços dos alimentos estão altos. Essa foi a principal justificativa do executivo para a queda de vendas, o que o levou a revisar a previsão de crescimento da empresa em 2024, que começou em 4% ao ano, caiu para 3% quando o novo CEO assumiu e, agora, foi realinhada para 2%.
‘Saímos de um período de alta inflação e o ambiente agora está mais intenso’, assegurou o CEO, citando que os preços gerais caíram 1,1% na América do Norte no terceiro trimestre. Na Europa, porém, alguns dos produtos de café da Nestlé foram retirados da lista por varejistas que resistiram às tentativas da empresa de aumentar os preços.
Uma Nova Estratégia para a Nestlé
A estratégia anunciada por Freixe se dará em duas frentes. A primeira, visando a recuperar as vendas e sua participação no mercado global, envolve investir mais em marcas e promover menos inovações de produtos maiores. As mudanças incluem mais descontos e redução de preços para atrair compradores para seus produtos, que incluem chocolate KitKat, café Nescafé e ração Purina.
Freixe prometeu uma melhor gestão, assegurando que não há ‘nada de errado’ com as 31 marcas ‘bilionárias’ da Nestlé, com vendas anuais superiores a 1 bilhão de francos suíços. ‘Temos uma pegada tremenda, somos mais globais e, de certa forma, os mais locais’, afirmou o CEO.
Fonte: @ NEO FEED
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