Investir em criptoativos é para perfil agressivo, máximo 5% da carteira, com perspectivas de médio a longo prazo para o horizonte. Utiliza tecnologia blockchain e parte da área de finanças descentralizadas, criptos e alternativas.
Em 2024, o mercado de criptomoedas entrou em estado de ebulição, com o bitcoin em evidência, conquistando a marca de US$ 108 mil em um momento de grande destaque. Esse aumento expressivo de valor chamou a atenção de investidores e instituições financeiras em todo mundo, demonstrando a crescente aceitação e reconhecimento do bitcoin como uma opção diversificada no mercado.
Em meio a essa onda de sucesso, o bitcoin traz a possibilidade de diversificar o portfólio com o investimento em outras opções, garantindo, assim, uma proteção contra o risco. A ideia de um futuro de investimentos mais estável e rentável para o investidor é bem-vinda em um cenário em constante mudança, como o panorama atua do mercado de criptoativos. Com o potencial de crescer constantemente, o bitcoin apresenta uma oportunidade de alta rentabilidade, convidando investidores a se envolverem com as criptomoedas e transformar o seu portfólio em uma fonte de renda constante.
O gráfico de preços do bitcoin em 2024: uma roda-gigante de volatilidade
O Brasil passou a superar R$ 660 mil em investimentos em bitcoin, com a valorização do dólar. O investimento em 2025 parece ser uma pergunta em aberto. O preço do bitcoin, em dez anos de existência, é uma dinâmica que seduz investidores mais arrojados e assusta os demais. Desde sua criação, em 2009, até o final de 2016, passou de US$ 0 a US$ 900. Nos 12 meses de 2017, saltou de US$ 1 mil para US$ 20 mil. Em novembro de 2021, alcançou a máxima histórica, até então, de US$ 69 mil. Tombou a US$ 15 mil ao final de 2022, com uma crise de confiança que abalou todo o ecossistema cripto. Durante 2023 e 2024, veio se recuperando e, com alguns gatilhos vindos dos Estados Unidos, rompeu várias barreiras e superou os US$ 100 mil, em novembro, acumulando uma valorização no ano de mais de 150%. Já este mês, bateu os US$ 108 mil, no dia 17, e desde então vem ‘devolvendo’ os ganhos, voltando ao patamar de pouco mais de US$ 90 mil. A rentabilidade no ano é, agora, de ‘apenas’ 125%.
Essa montanha russa da volatilidade dos preços do bitcoin fez muita gente ganhar muito dinheiro, mas os especialistas alertam que esses ganhos de três ou mais dígitos não devem se repetir mais. Ainda que seja um ativo de alto risco, especialistas apontam que uma pequena alocação de recursos em bitcoin, ou em algumas outras criptos já consolidadas, pode ser uma estratégia de investimento, sempre visando o longo prazo, para investidores com perfil arrojado/agressivo. A recomendação é de uma fatia de não mais de 5% dentro de uma carteira diversificada. Os investidores com perfil conservador devem passar longe dessa classe de ativos, principalmente porque 2025 pode ser um período marcado por grande volatilidade.
Quem ganhou com a valorização de 100%, em um ano, vai querer embolsar uma parte desse lucro. Nesse sentido, há uma estimativa de que o bitcoin possa recuar até 20%, antes de buscar novas máximas históricas. E aqui entra a estratégia clássica para investimentos de risco: comprar na baixa e focar em um horizonte de médio a longo prazo.
A ascensão das criptomoedas: oportunidades na era da Web3
Durante os últimos cinco anos, algumas outras criptomoedas, além do bitcoin, chamadas altcoins, foram ganhando terreno com projetos tecnológicos voltados para finanças descentralizadas, isto é, sem a intermediação de instituições tradicionais, como bancos e financeiras. O aumento da adoção da tecnologia blockchain para construir a chamada Web3, uma nova etapa da internet, também têm agregado valor a essas criptos ‘alternativas’. Entre as mais destacadas e promissoras para 2025, segundo os analistas, estão ethereum (ETH) e solana (SOL), reconhecidas como projetos consolidados, considerando o cenário macro do ecossistema cripto e suas características particulares.
Tanto ethereum quanto solana são as criptos nativas das duas maiores redes blockchain utilizadas atualmente e devem se beneficiar da valorização do bitcoin. Isso porque, conforme explicam os operadores desse mercado, quando o bitcoin devolve lucro, as outras criptos também tendem a subir, pois são consideradas uma forma de diversificar a carteira e aproveitar a onda de confiança no mercado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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