Ministro apresentou ao presidente da Câmara, Arthur Lira, o conceito do pacote de corte de gastos, com medidas de gastos, mas não sabe se haverá tempo para apresentar ainda nesta semana, seguindo a dinâmica dos cortes de gastos, com o espírito de implementar um arcabouço fiscal.
As expectativas dos investidores brasileiros parecem estar mudando com a possibilidade de uma política mais firme ser implantada, visando reduzir os gastos e promover maior estabilidade no país. Isso pode se refletir na forma como os investidores avaliam o cenário econômico do Brasil.
A declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a necessidade de encontrar uma ‘regra sustentável para vigência longa’ levanta a possibilidade de cortes nas despesas governamentais com o objetivo de equilibrar as contas públicas e reduzir o impacto dos gastos no déficit orçamentário. ‘O governo precisa encontrar um caminho que não seja apenas cortar e cortar, mas sim equilibrar a economia e garantir a estabilidade financeira’, reforçou em suas falas. A implementação de tais medidas pode ter um efeito positivo na economia brasileira e, consequentemente, afetar o desempenho do Ibovespa.
Reflexão sobre a dinâmica dos gastos
A análise dos desafios que envolvem a gestão dos gastos públicos é um tema recorrente na discussão sobre o equilíbrio fiscal. Para o ministro do Fazenda, Paulo Haddad, a realização de cortes nos gastos é fundamental para garantir a sustentabilidade das despesas governamentais.
Durante reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro apresentou um conceito para o pacote de medidas de corte de gastos que será anunciado em breve pelo governo federal. De acordo com Haddad, a ideia é ajustar a dinâmica dos gastos para que as rubricas das despesas se encaixem nos limites do arcabouço fiscal e não comprometam a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
‘Ele [Lira] entende que, pela dinâmica das despesas, se não alcançarmos colocar cada rubrica na mesma lógica, fica difícil sustentar o arcabouço no tempo’, afirmou o ministro. ‘Não estamos falando [dos orçamentos] de 2025 e 2026, estamos preocupados e falando de regras sustentáveis para fazer com que ele tenha uma vigência longa e alcançar o equilíbrio fiscal’, completou.
Em relação ao gasto tributário, Haddad informou que a equipe econômica continuaria a acompanhá-lo, mas não divulgou números nem potencial fiscal do pacote. De acordo com o ministro, o objetivo é manter o compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas. ‘As medidas seguirão as mesmas regras de expansão, de um crescimento real de no máximo 2,5%, ou ‘alguma coisa parecida com isso’, segundo o ministro da Fazenda.
Questionado sobre seguro-desemprego e mudança no crescimento real do salário-mínimo, Haddad se limitou a dizer que as medidas serão anunciadas assim que autorizadas pelo presidente Lula. ‘O espírito geral vocês já conhecem, que é o que eu defendo muito antes do debate com os ministérios. Para o arcabouço dar certo, ele precisa ser reforçado num segundo momento’, comentou Haddad.
Os demais ministros da Esplanada, disse Haddad, reagiram ‘de várias maneiras’ às medidas, mas ‘compreenderam a necessidade de termos sustentabilidade nos próximos anos’. ‘Se depender de mim, essa arquitetura será de longo prazo no Brasil’, falou Haddad.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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