Drone esplodiu perto de las tanques de pulverização de água de arrefecimento em Dniprovska. Drones, tanques, pulverização, linha elétrica, máxima contenção, frequentes alarmes de ataques aéreos. Drones perto de tanques.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) destacou, hoje (19), a importância da segurança nuclear na central nuclear ucraniana de Zaporizhia, que está sob controle russo desde 2022, devido a um incidente com um drone próximo ao local.
A segurança atômica é uma questão crucial em situações como a da central nuclear de Zaporizhia, que enfrenta desafios significativos desde a ocupação russa. A AIEA está monitorando de perto a situação e trabalhando para garantir a segurança nuclear em todo o mundo.
Segurança Nuclear em Foco
A central, reconhecida como a maior do gênero na Europa, encontra-se sem reatores em funcionamento desde 2022, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, desencadeando um conflito que já perdura por três anos. É fundamental ressaltar a importância da segurança nuclear em situações como essa. Como destacou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, as centrais nucleares são projetadas para resistir a falhas técnicas e humanas, bem como a eventos externos extremos, mas não estão preparadas para suportar um ataque militar direto.
Os inspetores da agência receberam informações sobre a explosão de um drone nas proximidades dos tanques de pulverização de água de arrefecimento, a apenas 100 metros da linha elétrica de Dniprovska, a qual ainda fornece energia à central. Embora o incidente não tenha causado vítimas ou danos à infraestrutura de Zaporizhia, afetou a circulação na estrada entre os portões principais da central. A AIEA expressou preocupação com a crescente escalada dos riscos de segurança nuclear na região.
Grossi enfatizou a necessidade de ‘máxima contenção’ por parte de todas as partes envolvidas. Recentemente, os inspetores da agência investigaram um incêndio em uma das torres de arrefecimento, que resultou em danos à central. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reiterou a acusação de que a Rússia está utilizando a central de Zaporizhia como uma ferramenta de chantagem nuclear.
Zelensky afirmou que somente quando a Ucrânia retomar o controle dessas instalações, as normas de segurança poderão ser restabelecidas. A presença russa na central de Zaporizhia é vista como criminosa e deve ser interrompida. Os inspetores da AIEA estão monitorando de perto as centrais elétricas com reatores nucleares Sul da Ucrânia, Khmelnitsky, Rivne e Chernobyl, devido aos frequentes alarmes de ataques aéreos e de drones.
Os recentes acontecimentos têm aumentado as tensões entre a Ucrânia e a Rússia, com ambos os países se acusando mutuamente de ataques e sabotagens na central de Zaporizhia. Os reatores foram desativados por questões de segurança, mas ainda requerem resfriamento constante. A AIEA insiste na criação de um perímetro de segurança em torno da central para garantir a proteção adequada.
A Ucrânia abriga quatro centrais nucleares em operação, totalizando 15 reatores, sendo seis deles localizados em Zaporizhia. O país enfrentou o pior acidente nuclear de sua história em Chernobyl, em 1986. Atualmente, Chernobyl possui três reatores desativados, com os destroços do acidente selados em um sarcófago. A segurança nuclear é uma prioridade crucial que não pode ser negligenciada em meio a conflitos e tensões geopolíticas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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