Dezoito crianças trabalhavam sem compensação em condições precárias, envolvidos em uma operação ilegal de trabalho infantil forçado. Em unidades federativas, eles realizavam serviços sem receber quantia em estabelecimentos sem registro de empregados. Atividades econômicas incluíam agricultura, construção civil, restaurantes, bares, condomínios, clínicas e internados. Nenhum empregado registrado, eles foram libertados após uma resgate e agora estão em condições melhores. (145 caracteres)
Servidores de seis órgãos públicos que colaboram com a quarta edição da Operação Resgate resgataram 593 indivíduos em situações análogas à escravidão ao longo do mês passado. Dentre os resgatados, pelo menos 18 crianças ou jovens estavam sujeitos ao trabalho infantil ilegal – 16 desses eram obrigados a executar tarefas em condições precárias, sem receber pagamento algum.
Além disso, a Operação de Combate ao trabalho forçado também identificou casos de tráfico de pessoas, evidenciando a gravidade da situação. As ações realizadas durante a Operação Resgate visam coibir práticas abusivas e garantir a proteção dos direitos humanos, reforçando a importância do combate à escravidão moderna.
Operação Resgate IV: Libertação de Pessoas em Condições Semelhantes à Escravidão
Os resgates ocorreram em 11 (AM, DF, GO, MG, MS, MT, PA, PE, RJ, RS e SP) das 27 unidades federativas brasileiras, entre os dias 29 de julho e 28 de agosto. Os maiores números de ocorrências foram registrados em Minas Gerais (292 pessoas libertadas), São Paulo (142), Pernambuco (91) e Distrito Federal (29). Já as atividades econômicas com maior incidência de trabalho escravo foram a agricultura (especificamente os cultivos de cebola, café e alho), a construção civil e serviços (restaurantes, bares e condomínios).
Operação Resgate IV: Combate ao Trabalho Forçado e ao Tráfico de Pessoas
Clínica de reabilitação Um dos casos que mais chamou a atenção dos fiscais ocorreu em Pernambuco, onde 18 pacientes de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos eram submetidos a trabalho forçado. Todos eram pacientes internados e realizavam as atividades laborais compulsoriamente, como parte do processo de internação, comentou o coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo e Tráfico de Pessoas, André Roston, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao apresentar, hoje (29), o balanço preliminar da Operação Resgate IV.
A clínica tinha 63 internos e simplesmente não tinha nenhum empregado registrado. Toda a mão de obra, todo o funcionamento do estabelecimento era extraído do trabalho forçado de parte dos internos, a título de isso fazer parte da reabilitação, acrescentou Roston, explicando que os 18 resgatados na clínica realizavam, gratuitamente, de atividades administrativas ao serviço de porteiro, vigilância e preparação de alimentos, entre outros.
Operação Resgate IV: Esforço Concentrado para Libertar Pessoas em Condições de Trabalho Forçado
A Operação Resgate IV, de combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas, é resultado do esforço concentrado de seis instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Este ano, foram libertadas 11,6% mais pessoas do que na edição anterior, de 2023, quando 532 trabalhadores foram resgatados. A operação também resultou no resgate da pessoa mais idosa já encontrada na condição de escravizada. Uma senhora de 94 anos de idade foi resgatada em Mato Grosso, na casa de uma família para a qual ela trabalhou por 64 anos, sem salário.
Impedida de constituir família e de estudar, ela continuava cuidando da atual patroa, de 90 anos e com Alzheimer. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a trabalhadora poderá permanecer morando na casa onde passou os últimos anos, com todas as despesas pagas pela família da empregadora, que terá de custear inclusive um cuidador de idosos e um salário-mínimo mensal à senhora. Outro caso de trabalho escravo doméstico foi identificado no estado de São Paulo. Uma mulher, hoje com 58 anos, foi encontrada na casa de uma família para a qual trabalhava desde seus 11 anos de idade. ‘Ela foi levada para a casa onde passou a trabalhar graças a uma tutela judicial provisória que nunca se tornou definitiva, supostamente para ser integrada em.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo