Operação militar simultânea em quatro cidades palestinas, afirma representante da ONU: viola direito internacional. Novos grupos armados geram tensão, rotas de contrabando ativas. Iraniano escalada operação.
Pelo menos quatro cidades palestinas estão sendo alvo de uma ofensiva intensa de Israel na região da Cisjordânia ocupada. Nove palestinos perderam a vida, de acordo com informações de autoridades de saúde locais e militares israelenses. As Forças de Defesa de Israel (IDF) alegam que as vítimas eram consideradas ‘terroristas armados’.
Em meio a essa ação militar intensa, a situação na região se torna cada vez mais tensa. O conflito entre palestinos e israelenses parece longe de uma resolução pacífica, com a operação militar em andamento. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos e pede por um cessar-fogo imediato para evitar mais vítimas.
Israel intensifica ofensiva militar na Cisjordânia
No entanto, as autoridades palestinas alertam que o número real de vítimas pode ser ainda maior do que o confirmado anteriormente, com pelo menos 11 mortos. A operação militar de Israel está em pleno andamento em diversas cidades, incluindo Jenin, Tulkarem, Nablus e Tubas, abrangendo uma extensa área no norte da Cisjordânia. Esta ação militar intensa ocorrendo simultaneamente em várias localidades palestinas é considerada inédita desde a Segunda Intifada.
A ofensiva atual é vista como um sinal de que Israel está preocupado com a situação e teme a falta de controle na região. Paul Adams, jornalista de Diplomacia da BBC News, destaca que as Forças de Defesa de Israel (IDF) já enfrentavam desafios com uma nova geração de grupos armados na Cisjordânia, principalmente em Jenin. No entanto, a situação se agravou com a abertura de uma nova frente em vários campos de refugiados no norte da região.
Segundo Adams, Israel interpreta a emergência desses novos grupos armados como parte de uma estratégia do Irã para desestabilizar a região e desviar a atenção de Israel. Autoridades israelenses afirmam que Teerã está financiando e armando os militantes através de rotas de contrabando que passam pela Síria e pela Jordânia.
O general Israel Ziv alerta para a crescente intensidade dos confrontos na região, comparando a situação em Samaria com a guerra em Gaza. As táticas mais agressivas das IDF, como ataques aéreos e a destruição de campos de refugiados, estão gerando preocupação, pois podem transformar os grupos armados em figuras heroicas para os jovens palestinos.
Com a escalada da violência e a criação de novos assentamentos judeus na Cisjordânia, a situação se torna cada vez mais volátil. O governo israelense intensificou suas operações nos campos de refugiados de Jenin e Tulkarm para desmantelar as infraestruturas terroristas apoiadas pelo Irã. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, acusa o Irã de tentar abrir uma nova frente contra Israel na região, o que aumenta a tensão na área.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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