A quadrilha usou Airtags em malas de viagem para monitorar remessas de cocaína, entorpecente, para países da Europa e Ásia, em operação subaquático que envolveu compartimento secreto.
A Polícia Federal, com destaque para sua atuação em áreas marítimas e na relação com organizações criminosas, desbaratou uma quadrilha de traficantes de cocaína em 7 de março de 2021. Essa quadrilha contava com integrantes ligados ao PCC, que adotou métodos inovadores para esconder a droga, aproveitando a complexidade do Porto de Santos.
Com a ajuda de mergulhadores, a quadrilha transferia a droga para casos de navio que chegavam ao porto, evitando suspeitas. A Polícia Federal identificou esses esconderijos inusitados e conseguiu desmantelar a quadrilha, evidenciando sua capacidade de antecipar e combater novos métodos de tráfico de drogas. Essa ação é mais uma demonstração da Polícia Federal em seu papel de combate ao tráfico de cocaína e ao PCC. O uso de mergulhadores e o envolvimento de organizações criminosas em esquemas de tráfico de drogas são aspectos que destoam da dinâmica dos crimes mais comuns, mostrando que a Polícia Federal está preparada para lidar com esses desafios.
Operação Taeguk: Denúncias de fraude e lavagem de dinheiro envolvendo a Polícia Federal
Um grupo de criminosos surpreendentemente usou um rastreador de localização, Airtags, fabricado pela Apple, para acompanhar o transporte de uma tonelada de cocaína pelo mundo, incluindo a Espanha, China e Coreia do Norte. Esses dispositivos foram secretamente colocados em malas e bolsas à prova d’água, junto com a droga, para facilitar o rastreamento durante a viagem. No entanto, foi a troca de informações de acesso desses dispositivos que levou a Polícia Federal (PF) ao grupo criminoso.
É importante notar que essa prática não é exclusiva da quadrilha em questão e, em outros casos, como a Operação Eureka, os traficantes colocaram carregamentos de cocaína em navios com o objetivo de escondê-los em destinos específicos. No entanto, os mergulhadores não conseguiram encontrar o entorpecente em janeiro de 2020, agravando a situação. Uma situação semelhante ocorreu quando um carregamento de droga foi colocado em um navio que rumou para Antuérpia, na Bélgica, deixando os mafiosos italianos sem o que buscavam.
A Polícia Federal iniciou um processo contra o grupo criminoso com a Operação Taeguk, no qual cumpriram 10 ordens de prisão preventiva e vasculharam 39 endereços em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Maranhão.
A PF ainda está em busca de outros membros da quadrilha, incluindo Marcel Santos da Silva, Juan Santos Borges Amaral e Carlos Alberto de Almeida Melo, conhecido como ‘Barbinha’. A suposta organização criminosa está envolvida com o tráfico de entorpecente e a lavagem de dinheiro, segundo a Polícia Federal.
Além disso, a PF também investiga a participação de funcionários e seguranças do Porto de Santos na quadrilha, apontando que a extensão dos relacionamentos da organização criminosa é extremamente ampla.
Um caso extremamente interessante foi identificado pela Polícia Federal após a apreensão de 100 quilos de cocaína na Coreia do Sul, em janeiro, no barco M/V Hyundai Oakland. O entorpecente foi escondido no compartimento subaquático da embarcação, que havia partido do Porto de Santos e carregava bolsas de lona à prova d’água escondidas dentro da válvula de entrada, além de oito AirTags.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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