Ela sofreu abordagem agressiva por parte de um policial militar que aplicou um chute, empurrões e agarramento por sua roupa.
A violência policial no Brasil tem se tornado um problema de grande impacto na sociedade. A empresária Lenilda Messias, de 63 anos, foi uma das vítimas da violência policial na noite desta quarta-feira (4) no Jardim Regina Alice, em Barueri, durante abordagem que envolveu o filho dela na garagem da casa da família. Ela levou um chute, empurrões e foi agarrada pela roupa pelo PM.
Esse caso não é isolado. A violência policial é uma realidade que afeta muitas pessoas em todo o país, causando danos físicos e emocionais irreparáveis. A agressão de Lenilda Messias pelo policial militar é um exemplo da falta de respeito e de consideração pela vida e dignidade das pessoas. A polícia deve ser um agente de segurança e proteção, mas em muitos casos, ela se torna um agente de violência e opressão. A sociedade precisa exigir mais do poder público para garantir a segurança e a justiça.
Violação de Direitos Humanos por Ação Policial
Imagens gravadas por testemunhas mostram o desenrolar de violência, quando o filho do empresário Juarez Higino Lima Júnior, também sofreu agressão, enquanto estava imobilizado. Lenilda, mãe do empresário, aparece aos prantos e sangrando, necessitando de atendimento médico e posteriormente sendo levada para uma delegacia.
A abordagem policial teria iniciado quando o filho de Juarez estacionou a moto na calçada da residência para conversar com o pai, mas os policiais militares solicitaram informações sobre o veículo, o que levou ao empresário informar que o guardaria na garagem. Eles responderam, pedindo apoio, e quando chegaram, entraram violando o portão e agredindo todos que estavam lá, conforme relatou Bianca de Lara, ex-mulher de Juarez e ex-nora da mulher agredida.
À ex-nora lembra que os policiais entraram arrebentando o portão e batendo em todo mundo, sem motivo algum. Ela ressalta o abuso de poder e violência praticada pelos policiais, uma ação que não pode ser justificada. ‘Eles quebraram carros, deixaram um monte de coisa quebrada’, afirma Bianca. "Alguns pediram desculpa, mas eu não aceito. Quero que a justiça seja feita."
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que a Polícia Militar analisa as imagens para apurar a data e as circunstâncias do ocorrido, bem como identificar os policiais envolvidos para que medidas cabíveis sejam tomadas. A instituição reforça seu compromisso com a transparência e assegura que qualquer ocorrência envolvendo excessos ou desvios de conduta será rigorosamente investigada, e os agentes, punidos.
A sequência de vídeos, postada nas redes sociais por Bianca, mostra um policial aplicando um ‘mata-leão’ em Juarez e outro agredindo o empresário com um cacetete. Familiares e vizinhos gritam, choram e dizem que a PM invadiu a casa. Há inclusive choro de crianças na cena de violência. Outras pessoas, além de Juarez e da mãe dele, aparecem machucadas.
A Unegro (União de Negros e Negras pela Igualdade) de Barueri encaminhou os vídeos à Ouvidoria das Polícias. A família pretende denunciar o caso à Corregedoria da Polícia Militar. Integrantes da Polícia Militar disseram à Folha que a crise de segurança no estado de São Paulo, com recorrentes casos de violência praticados por policiais militares, é consequência direta da escolha do capitão reformado Guilherme Derrite para o comando da Secretaria da Segurança.
O número um da segurança foi desligado da Rota (tropa de elite da PM) por excesso de mortes. ‘A real? Porque eu matei muito ladrão’, disse Derrite em entrevista a um podcast, sobre os motivos que levaram o então tenente a ser transferido de unidade.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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