Grupo ativo em abastecimento de drogas em Cracolândia (favela do Moinho, São Paulo). Gaeco luta contra crimine organizado. Ministério Público, MPTrab, Receita, Anatel investigam esquemas de lavagem de dinheiro: depósitos, transferências, empresas, hotéis, torres clandestinas, telecomunicação codificada. Operação Salus et Dignitas: MP, Ministério do Trabalho e Emprego, governo paulista, prefeitura endereçam assistência social.
Na cidade de São Paulo, SP, os Promotores da Promotoria de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo apresentaram uma denúncia nesta segunda-feira (19). O caso envolve um grupo de 11 indivíduos suspeitos de fazer parte de uma organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que é apontada como responsável por estabelecer uma central do crime na favela do Moinho, localizada no centro da capital paulista.
A atuação da procuradoria é fundamental para combater a criminalidade e garantir a segurança da população. O Ministério Público tem um papel crucial na investigação e no processo judicial para responsabilizar os envolvidos em atividades ilícitas. A atuação do público é essencial para promover a justiça e a ordem na sociedade.
Promotoria: Grupo de atuação contra o crime organizado
Segundo a denúncia apresentada, a procuradoria destacou que o Ministério Público identificou um grupo responsável pelo abastecimento de drogas na região conhecida como cracolândia, atuando de forma clandestina. Os lucros provenientes dessas atividades ilícitas eram posteriormente movimentados em transações financeiras suspeitas, características de esquemas de lavagem de dinheiro, envolvendo depósitos em dinheiro, transferências entre contas e a integração de capital em empresas e hotéis. O Ministério Público salientou que o grupo também estabeleceu um sistema de torres clandestinas de telecomunicação na favela do Moinho, captando a frequência de rádio das forças de segurança que atuam na capital paulista, principalmente da Polícia Militar, e transmitindo informações codificadas para criminosos locais. A denúncia aponta que os suspeitos operavam sob o comando de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Léo do Moinho, figura de destaque no cenário central da cidade. Moja foi detido durante a Operação Salus et Dignitas, que contou com a participação de diversas instituições, incluindo o Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Receita Federal, Anatel e órgãos de assistência social do governo paulista e da prefeitura. A operação visava desarticular um ecossistema do crime estabelecido na região central de São Paulo, sob a influência do PCC. Além de Moja, seus irmãos Jefferson Monteiro Moja e Alberto Monteiro Moja, sua esposa Raquel Maria Faustina Monteiro Moja, e outros indivíduos foram denunciados por envolvimento em atividades criminosas, incluindo tráfico de drogas, violação de comunicação radioelétrica e lavagem de dinheiro. As investigações do Gaeco revelaram transações financeiras suspeitas que totalizam cerca de R$ 1,1 milhão, entre os anos de 2021 e 2023. Moja, auxiliado por seus irmãos Jefferson e Alberto, teria continuado suas atividades criminosas mesmo estando detido por tráfico, com Jefferson gerenciando o comércio de entorpecentes na região central de São Paulo durante esse período. Jefferson, sócio do Ferro Velho Moinho, teria recebido valores provenientes de atividades ilícitas, enquanto Alberto foi apontado como sucessor de Moja na liderança do PCC na região, envolvendo-se em um ‘Tribunal do Crime’ responsável por atos violentos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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