Infecções por águas contaminadas: febre e dor de cabeça aguda. Exposição prolongada a enchentes. Sintomas: pele, olho, boca. Casos de insuficiência renal. Contaminação: corrente sanguínea. Prevenção: antibiótico (Doxiciclina) profilaxia.
Frente às enchentes que atingem os moradores do Rio Grande do Sul, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre emitiu um comunicado de alerta sobre a Leptospirose, enfermidade infecciosa que se propaga pela urina de animais (principalmente ratos) e que costuma se tornar comum em períodos de alagamentos. É essencial estar atento aos sintomas da Leptospirose e buscar ajuda médica caso haja suspeita de contaminação.
Além da preocupação com a Leptospirose, é importante lembrar que essa doença infecciosa é causada por uma bactéria específica, sendo fundamental tomar medidas preventivas para evitar a propagação do agente bactéria causadora. A limpeza adequada de locais atingidos pelas enchentes e o descarte correto de resíduos podem contribuir significativamente para a redução dos riscos de contaminação. Prevenir a Leptospirose é uma responsabilidade coletiva que requer ações conscientes e proativas.
Leptospirose: uma doença infecciosa perigosa
Carolina Lázari, infectologista do Fleury Medicina e Saúde, destaca os diversos modos como a contaminação por leptospirose pode ocorrer. A bactéria causadora da leptospirose é uma ameaça real para pessoas em situação de enchentes, podendo penetrar no organismo por pequenas fissuras na pele, como cantinhos de unhas, e até mesmo atravessar a pele íntegra. A exposição a águas contaminadas durante enchentes aumenta significativamente o risco de contaminação, seja por contato direto com lesões na pele ou pela água entrar nos olhos ou na mucosa da boca, permitindo que a bactéria alcance a corrente sanguínea e se espalhe pelo corpo.
Os sintomas da Leptospirose
Os sintomas da leptospirose podem variar, sendo os mais comuns febre, dor muscular, dor de cabeça, náuseas, sangramentos em fezes, urina e vômito, sensibilidade nos olhos, falta de apetite, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, pode ocorrer insuficiência renal, representando um quadro crítico da doença. A infecção pode levar a complicações sérias, como a interrupção da produção de urina e coloração amarelada da pele.
Profilaxia e precauções após exposição à leptospirose
Em situações de exposição prolongada a águas contaminadas, como em enchentes, é importante considerar a profilaxia com antibióticos, como a Doxiciclina, mesmo na ausência de sintomas imediatos da doença. Médicos podem prescrever o antibiótico como medida preventiva após a exposição a águas infectadas. Portanto, ao ter contato com água de inundações, é crucial sair rapidamente da água e procurar assistência médica o mais rápido possível.
Ao se deparar com água de enchentes, é essencial seguir as recomendações para prevenção da leptospirose, incluindo tomar um banho imediato, limpar as áreas afetadas com água e sabão, evitar atrito excessivo na pele e buscar atendimento médico, especialmente se houver febre. A intervenção rápida pode ser crucial para evitar complicações decorrentes da contaminação.
Outras doenças transmitidas em enchentes
Além da leptospirose, enchentes podem facilitar a transmissão de diversas outras doenças, como tétano, infecções de pele, diarreia, doenças gastrointestinais, doenças transmitidas por insetos, hepatite A, entre outras. Portanto, é fundamental estar ciente dos riscos envolvidos e adotar medidas preventivas, como evitar o contato com águas contaminadas e buscar assistência médica imediatamente em caso de exposição em situações de enchentes.
Fonte: @ Minha Vida
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