Panela de monitoramento da qualidade do ar e saúde humana, lançada pelo Ministério da Saúde: médias anuais de PM2,5, limites superiores, desejáveis; regiões do Brasil: níveis ruins, acima do limite.
Todas as regiões do Brasil estão sofrendo com altos índices de poluição do ar, acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme revelado em pesquisa publicada na quinta-feira (27). As informações estão disponíveis no ‘Painel Vigiar’, que acompanha a poluição atmosférica e seu impacto na saúde das pessoas. Esse projeto é fruto da colaboração entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Meio Ambiente.
A contaminação do ar pode envenenar o ambiente e inalar substâncias prejudiciais, afetando diretamente a qualidade de vida da população. É crucial tomar medidas urgentes para reduzir a poluição e proteger a saúde das pessoas. A conscientização sobre os impactos da poluição é essencial para promover mudanças significativas em prol de um ambiente mais saudável e sustentável. saúde das pessoas
Poluição do ar no Brasil: níveis alarmantes de MP2,5 em 2023
De acordo com o monitoramento, a média anual de material particulado fino (MP2,5) no Brasil em 2023 é de 9,9 microgramas por metro cúbico (µg/m³), quase o dobro do limite desejável de 5 µg/m³ estabelecido pela OMS. O MP2,5 refere-se a partículas muito pequenas no ar, menores que 2,5 micrômetros, originadas principalmente de veículos, indústrias e queimadas. Essas partículas podem ser inaladas profundamente nos pulmões, entrar na corrente sanguínea e causar doenças respiratórias, cardíacas e até câncer.
Regiões do Brasil com níveis de poluição acima do limite desejável
A região Sudeste, a mais populosa do país, apresenta níveis elevados de poluição do ar. No Espírito Santo, a média é de 7,3 µg/m³. Em São Paulo, de 14,6 µg/m³, sendo que a capital paulista registra alarmantes 36,5 µg/m³. No Rio de Janeiro, a média é de 13,3 µg/m³. Em Minas Gerais, 96% dos municípios têm níveis de MP2,5 acima do desejável. A capital, Belo Horizonte, registra uma média de 13,0 µg/m³. Monte Sião é a cidade mineira com a pior qualidade do ar, com 28 µg/m³. Embora também registre altos níveis, no geral, Minas Gerais está atrás somente do Espírito Santo na região Sudeste em qualidade do ar, com média de 9,7 µg/m³.
Poluição em outras regiões do Brasil
A região Norte tem as piores condições do país, com uma média de 15,1 µg/m³. Estados como Amazonas e Rondônia apresentam valores de média ainda mais elevados, com 17,3 µg/m³ e 18,0 µg/m³, respectivamente. No Nordeste, a média regional é de 8,1 µg/m³, com o Maranhão registrando 13,4 µg/m³, um dos piores índices da região. No Sul, a média de MP2,5 é de 9,1 µg/m³, enquanto no Centro-Oeste, a média é de 9,8 µg/m³. O Distrito Federal apresenta uma média de 10,4 µg/m³, também acima do limite seguro.
De acordo com a última atualização feita pela OMS no banco de dados, em 2022, 99% da população mundial respira níveis insalubres de material particulado fino e dióxido de nitrogênio, capazes de causar impactos cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórios.
Fonte: @ CNN Brasil
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