No encontro da OPS (Organização Panamericana da Saúde), 27 países latino-americanos discutiram desigualdades étnico-raciais. Lideranças populares e especialistas debateram avanços e opportunidades, criando Estratégia, Plano e Ação para reduzir as desigualdades.
Nesta quarta-feira (3), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, marcou presença no ‘Encontro Regional: Abordando as desigualdades étnico-raciais em saúde‘, em Brasília, discutindo a luta contra o racismo.
No evento, foi ressaltada a importância de combater a discriminação e promover a equidade no acesso aos serviços de saúde, reforçando a necessidade de ações concretas para enfrentar o racismo estrutural na sociedade brasileira.
Racismo e Discriminação: Encontro Internacional para o Combate às Desigualdades Étnico-Raciais
Com uma extensa programação de três dias, a conferência promovida pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas) reúne lideranças, especialistas e autoridades de 27 países para discutir estratégias de combate à exclusão de negros, indígenas e outros grupos étnicos nas Américas. O foco principal do evento é abordar avanços e oportunidades relacionados à Estratégia e Plano de Ação sobre Etnicidade e Saúde para as Américas, planejados para serem implementados entre 2019 e 2025, com a aprovação unânime de todos os estados-membros da Opas.
Durante a cerimônia de abertura, Nísia destacou a rica diversidade étnica e cultural das Américas, ao mesmo tempo em que ressaltou os indicadores que apontam as profundas desigualdades na saúde em todo o continente. Segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mencionados pela ministra da Saúde, a expectativa de vida para negros e indígenas no Brasil é, em média, quatro anos menor do que para pessoas brancas. A ministra enfatizou que a luta contra o racismo vai além do atendimento de saúde, envolvendo a abordagem dos determinantes sociais, como moradia, renda, educação e condições de trabalho dignas.
Em seu discurso, a ministra também relembrou a fase preparatória para o evento, que incluiu o seminário ‘Saúde Sem Racismo: Diálogo com os Movimentos’, realizado no mês passado. As contribuições desse seminário serão apresentadas à Opas pela delegação brasileira. O evento contou com a participação de mais de 170 representantes de movimentos sociais, acadêmicos e do setor público, incluindo as ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. A ministra ressaltou a importância da ação conjunta entre ministérios para avançar nessa agenda de equidade étnico-racial em todos os países.
O encontro regional continuará até a próxima sexta-feira (5) no auditório da Opas, na capital federal. A iniciativa visa promover discussões e ações concretas para combater o racismo e as desigualdades étnico-raciais na saúde, visando um futuro mais justo e igualitário para todos.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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