Analistas avisam de sinais incipientes de uma crise forte, inspirando cautela: desaceleração económica, mercado, trabalho, juros recordes, inflação forte. (148 caractères)
Não é de hoje que alguns especialistas alertam para a possibilidade de uma recessão no Brasil. Entretanto, os indicadores econômicos mais recentes reforçaram essa preocupação de forma mais intensa.
Em meio a uma possível crise econômica global, o país enfrenta o desafio de evitar uma depressão financeira. É crucial adotar medidas preventivas para proteger a economia nacional.
Desaceleração Econômica no Mercado de Trabalho Americano
O forte mercado de trabalho americano, que vinha apresentando resiliência e era até motivo de preocupação por trazer mais pressão inflacionária, de repente mostrou uma desaceleração acima do esperado. Com isso, investidores e agentes financeiros passaram a questionar se os EUA poderiam estar entrando em uma crise. A desaceleração de fato preocupou o mercado e levou investidores a comprarem dólares e buscarem refúgio nos títulos americanos, já tentando se proteger em um mercado seguro de uma possível recessão e seus efeitos no mercado global. Mas, para Filippe Santa Fé, gestor de multimercados do ASA, a reação pode ter sido exagerada. Ele afirma que, apesar da desaceleração, os números do mercado de trabalho americanos ainda mostram uma atividade forte. ‘O que chamou a atenção nos Estados Unidos foi a velocidade da desaceleração no mercado de trabalho. Mas, ainda assim, os níveis de emprego são saudáveis. Estamos falando de uma economia que, na média, está se mantendo estável, apesar das oscilações recentes.
Preocupações com a Crise Econômica e a Possibilidade de Recessão
Assim, cresceram também as preocupações de quem investe ou estava pensando em investir no país. Mas será hora de fugir de lá? Segundo analistas, ainda que os dados mais recentes tenham acendido um alerta, ainda não há provas claras de que uma recessão vem aí, mas o cenário inspira cautela. Como está o cenário por lá? A atual conjuntura Estados Unidos é de uma economia com juros em patamares recordes, resultado de uma medida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para controlar a forte inflação que veio após a pandemia e covid-19. No fim do ano passado, a alta dos preços dava sinais de arrefecimento e muitos analistas apostavam que o Fed começaria a cortar os juros no começo deste ano. No entanto, não foi o que aconteceu. Isso porque os dados do mercado de trabalho vinham mostrando cada vez mais força, o que preocupou a autoridade monetária. Embora pareça contraditório, dizer que dados fortes de emprego trazem preocupações, é isso que vinha acontecendo nos EUA.
Desafios Econômicos e a Incerteza do Cenário Americano
Afinal, quando o mercado de trabalho está aquecido, significa que existe demanda de mão de obra por parte das empresas. E se as empresas estão buscando trabalhadores, elas tendem a aumentar o salário nominal para atrair esses novos funcionários. O resultado disso é mais inflação, justamente o que o Fed queria conter. Recentemente, no entanto, esses dados começaram a ceder. Mas a queda foi maior do que a esperada. No final de julho, a pesquisa ADP mostrou que o número de vagas de empregos criadas no setor privado naquele mês foi de 122 mil postos, bem abaixo dos 150 mil criados em junho e também abaixo das previsões de analistas, que esperavam 149 mil novas vagas. Logo na sequência, no começo de agosto, dados do relatório de emprego do ‘payroll’ mostraram um cenário parecido. Segundo o indicador, os EUA criaram 114 mil vagas de empregos em julho, uma desaceleração em relação às 179 mil vagas abertas em junho. O valor também ficou bem abaixo das projeções de analistas, que esperavam a criação de 178 mil vagas no mês. Vai ter recessão?
Fonte: @ Valor Invest Globo
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