Bill Perkins defende que devemos aproveitar a vida ao máximo antes que a velhice nos impeça de desfrutar das economias amealhadas ao longo dos anos.
Ter uma vida financeira saudável não significa acumular riqueza apenas pelo prazer de tê-la. É preciso entender que a riqueza vai muito além do patrimônio material, é estar em paz com suas escolhas e desfrutar da liberdade que o dinheiro pode proporcionar. As ideias de Perkins podem parecer radicais à primeira vista, mas trazem à tona uma reflexão valiosa sobre o verdadeiro significado da riqueza.
Administrar com inteligência os recursos financeiros disponíveis é essencial para garantir uma vida equilibrada e satisfatória. A busca desenfreada pela fortuna pode levar à alienação dos verdadeiros prazeres da vida. É importante lembrar que a verdadeira riqueza está na qualidade das experiências vividas e nas relações interpessoais, e não apenas no acúmulo de patrimônio material. Refletir sobre como estamos lidando com nossos recursos financeiros é o primeiro passo para alcançar um estado de plenitude e contentamento.
O conceito de riqueza como chave para uma existência feliz
Lançado no Brasil, pela editora Intrínseca, o livro é uma grande provocação. Ao adiarmos indefinidamente nossos sonhos e desejos, não estaríamos indo contra a lógica de uma existência feliz? E desperdiçando nossa vida? Conforme avança a leitura de Morra sem nada, a filosofia de Perkins vai, aos poucos, ganhando sentido.
Aos 55 anos, formado em engenharia elétrica pela Universidade de Iowa, um dos gestores de fundos hedge mais bem-sucedidos do mundo, filantropo, produtor cinematográfico e jogador de pôquer de apostas altas, ele não propõe que gastemos nossa poupança como se não houvesse amanhã. O autor defende, sim, a busca pelo equilíbrio entre quando e quanto gastar, antes que a velhice chegue e as limitações inerentes ao envelhecimento nos impeçam de aproveitar as economias amealhadas ao longo dos anos. ‘A capacidade de uma pessoa de extrair prazer real do presente diminui com a idade.
Isso acontece exatamente pela mesma razão pela qual sua capacidade de converter dinheiro em experiências agradáveis diminui depois que você passa de uma certa idade’, escreve Perkins. E ele conclui: ‘Para uma série de atividades, você precisa de um certo estado mental e físico mínimo para aproveitá-las’. A teoria de Perkins está baseada em nove regras.
A número 1: pense nas experiências que gostaria de ter e no número de vezes que gostaria de vivenciá-las. Em seguida, invista nelas o quanto antes. A terceira e a quarta poderiam ser resumidas em usar todas as ferramentas disponíveis para morrer ‘com zero’. ‘Morrer com zero não é apenas uma questão de dinheiro: é também uma questão de tempo’, escreve o megainvestidor.
Afinal, nosso tempo na Terra é limitado. Pense em como pretende…
Equilíbrio entre fortuna, patrimônio e riqueza emocional
Isso acontece exatamente pela mesma razão pela qual sua capacidade de converter dinheiro em experiências agradáveis diminui depois que você passa de uma certa idade’, escreve Perkins. E ele conclui: ‘Para uma série de atividades, você precisa de um certo estado mental e físico mínimo para aproveitá-las’. A teoria de Perkins está baseada em nove regras.
A número 1: pense nas experiências que gostaria de ter e no número de vezes que gostaria de vivenciá-las. Em seguida, invista nelas o quanto antes. A terceira e a quarta poderiam ser resumidas em usar todas as ferramentas disponíveis para morrer ‘com zero’. ‘Morrer com zero não é apenas uma questão de dinheiro: é também uma questão de tempo’, escreve o megainvestidor.
Afinal, nosso tempo na Terra é limitado. Pense em como pretende…
A importância da riqueza na transição para uma vida mais plena
‘Então, é nisso que me concentro neste livro: prosperar, não apenas sobreviver. Este livro não é sobre como fazer seu dinheiro crescer – é sobre como fazer sua vida crescer’.
Com 208 páginas, o livro custa R$ 59,63, na versão impressa, e R$ 39,90, no Kindle (Crédito: Divulgação) O que nos leva aos três ensinamentos seguintes: não leve a vida no piloto automático; pense na vida como estações distintas e saiba quando parar de aumentar sua riqueza. Segundo o investidor, maximizar o dinheiro na verdade atrapalha o alcance do objetivo mais importante.
A nona e última regra versa sobre o momento ideal de se correr riscos. ‘Identifique oportunidades que você não está aproveitando e que representam pouco risco para você. Lembre-se sempre de que é melhor arriscar mais quando for mais jovem do que quando for mais velho’, defende Perkins. Em resumo: a hora é agora, não importa quantos anos você tenha.
‘Não deixe que medos irracionais atrapalhem seus sonhos. Perceba que a cada momento você tem uma escolha. As escolhas que você faz…
Bill Perkins: da jornada pelo patrimônio à satisfação pessoal
Perkins pagou US$ 15,25 milhões pela pintura The Sugar Shack, de Enrnie Barnes (Crédito: Reprodução Museum of Fine Arts, Houston) Nascido William O. Perkins III, em Jersey City, filho de um advogado criminalista e uma professora, aos 22 anos, depois de assistir ao filme Wall Street, de Oliver Stone, ele decidiu: trabalharia com finanças e seria rico. No início dos anos 1990, começou como estagiário no pregão da Bolsa Mercantil de Nova York, ganhando US$ 16 mil por ano. À noite, era motorista de limusine, o que lhe rendia gorjetas polpudas.
Em 1995, ele se mudou para Houston, no Texas, onde trabalhou como trader e gerente de risco para diversas empresas de energia. Aos 30, estava milionário.
Como conta à revista inglesa Spear’s, o momento mais marcante de sua carreira não veio com o primeiro US$ 1 milhão, mas quando, do lado de fora do World Trade Center, sede da bolsa nova-iorquina, ele pensou: ‘Eu ganho mais do que minha mãe, sou um yuppie, consegui!’ E Perkins prossegue: ‘Eu costumava ser o maior preguiçoso que já existiu na faculdade.
Certa vez, alguém me disse que tinha mais chances de ver Jesus saindo de um elevador do que de me ver ter sucesso no comércio. Sempre há um pouco de satisfação extra em se destacar quando todos duvidam de você’. Colecionador de arte, há dois anos, ele desembolsou, em um leilão da Christie’s, US$ 15,25 milhões, pela pintura The Sugar Shack, de 1976, de autoria de Enrnie Barnes (1938-2009).
A obra ilustrou a capa…
Fonte: @ NEO FEED
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