No Pernambuco, transmissão vertical de anomalias congénitas investigadas. Secretares estaduais de saúde atuam contra Zika, Dengue e Chikungunya, em cenários urbanos. Mosquito Culex quinquefasciatus, hospedeiros silvestres, transmitem arboviroses. Plano Nacional Enfrentamento a Arboviroses: especialistas, ciclo de transmissão, Culex.
A saúde pública é uma prioridade do governo nacional, e o Ministério da Saúde (MS) está atento a todas as questões relacionadas à saúde da população. Recentemente, foi confirmado um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical de febre do Oropouche, um vírus transmitido por mosquitos selvagens que pode ser passado da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto. A confirmação desse caso ocorreu no estado de Pernambuco, chamando a atenção para a importância da prevenção e do cuidado durante a gravidez.
A investigação desse caso está sendo realizada por especialistas e secretários de saúde, que buscam entender melhor o ciclo de transmissão do vírus Oropouche e sua relação com outras doenças como zika, dengue e chikungunya. É fundamental que haja um plano nacional de combate a essas doenças transmitidas por mosquitos como o Culicoides forennis e o pernilongo, tanto em áreas urbanas quanto em regiões de floresta, onde o ciclo de transmissão pode ser mais intenso entre animais e seres humanos.
Ministério da Saúde confirma investigação de casos de transmissão vertical de Oropouche
De acordo com o ministério da saúde, continua em andamento a investigação de oito casos de transmissão vertical de Oropouche: quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre. Quatro desses casos resultaram em óbito fetal e outros quatro apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia. As análises estão sendo conduzidas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, sob a supervisão do Ministério da Saúde, para determinar se há alguma relação entre Oropouche e casos de malformação ou abortamento.
Até o momento, foram registrados 7.286 casos de Oropouche em 21 estados brasileiros, com a maioria dos casos concentrados no Amazonas e em Rondônia. Um óbito em Santa Catarina está sob investigação, enquanto os dois primeiros óbitos pela doença no país foram confirmados na semana passada, envolvendo mulheres jovens do interior da Bahia, sem comorbidades, mas com sintomas semelhantes aos da dengue grave.
Transmissão e Hospedeiros
A transmissão do Oropouche ocorre principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não humanos atuam como hospedeiros, juntamente com possíveis aves silvestres e roedores. Além disso, o vírus foi isolado em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.
No ciclo urbano, os seres humanos são os principais hospedeiros, com o mosquito Culex quinquefasciatus, também chamado de pernilongo, atuando como vetor. Este mosquito é comumente encontrado em ambientes urbanos e pode transmitir o vírus Oropouche.
Arboviroses e Plano Nacional de Enfrentamento
O Ministério da Saúde está monitorando a situação do Oropouche no Brasil em tempo real por meio da Sala Nacional de Arboviroses. Nos próximos dias, será divulgado o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, abrangendo dengue, zika, chikungunya e Oropouche.
O plano incluirá orientações sobre análise laboratorial, vigilância e assistência em saúde para gestantes e recém-nascidos com sintomas compatíveis com Oropouche. Recomenda-se medidas de proteção individual, como uso de roupas compridas, sapatos fechados e repelentes, além de ações coletivas, como limpeza de terrenos e instalação de telas em portas e janelas para evitar a exposição aos insetos.
A população deve buscar atendimento médico em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular, tontura, náuseas e vômitos, e informar sobre o acompanhamento do pré-natal em casos de suspeita de arboviroses.
Fonte: @ Agencia Brasil
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